Ministro da Saúde minimiza impacto da Copa América e assume veto à infectologista

Em novo depoimento à CPI da Covid ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou o impacto da realização da Copa América no Brasil, tentou negar a existência de um gabinete paralelo e chamou para si a responsabilidade do veto à infectologista Luana Araújo.

Foto: Divulgação

Copa América

Para o ministro da Saúde do país que está alcançando a marca dos 500 mil mortos pela Covid-19, a Copa América que durará 28 dias e reunirá 10 seleções no Brasil, totalizando quase 650 participantes, entre jogadores e comissão técnica, além de 2 mil jornalistas, “não é um evento de grandes proporções”.

Veto à infectologista

Ele negou que o Palácio do Planalto tenha interferido na escolha da infectologista Luana Araújo para comandar secretaria extraordinária de enfrentamento à pandemia e assumiu a responsabilidade pela dispensa da profissional.

Hidroxicloroquina

Queiroga mudou seu posicionamento em relação à hidroxicloroquina e afirmou que o medicamento não tem eficácia científica comprovada para o tratamento da Covid-19, em um contraponto às ações do presidente Bolsonaro.

Gabinete paralelo

O ministro tentou negar existência de um grupo de aconselhamento a Bolsonaro para ações contra a pandemia, mas afirmou que já recebeu e mantém contato “individualmente” com membros do chamado “gabinete paralelo”, como o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), o vereador Carlos Bolsonaro e a médica negacionista Nise Yamaguchi.