Ministro prevê que 1,8 milhão de empregos serão criados em 2009
Lupi diz que sua previsão está "em bases bem sustentadas, principalmente por causa do consumo interno, e em face das medidas que o governo vem tomando para facilitar o crédito para diversos setores." O Brasil registrou a criação de 2,1 milhões postos de trabalho com carteira assinada este ano
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, prevê que em 2009 poderão ser gerados 1,8 milhão de empregos, apesar da conjuntura econômica internacional desfavorável.
Sua expectativa, segundo ele, se deve ao fato da economia brasileira estar plantada “em bases bem sustentadas, principalmente por causa do consumo interno, e em face das medidas que o governo vem tomando para facilitar o crédito para diversos setores.”
Nesta quinta-feira (20), ao apresentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Lupi destacou que os Estados Unidos tiveram uma redução de 1,2 milhão de empregos neste ano e o Brasil, no acumulado do ano encerrado em outubro, registrou a criação de 2,148 milhões de postos de trabalho com carteira assinada.
Outubro, no entanto, teve desempenho menor que setembro. Foram criados 61,4 mil empregos no mês passado, enquanto em setembro, foram 282,8 mil. A queda, disse o ministro, se explica pela sazonalidade do mês, que apresenta números menos expressivos em diversos setores.
Lupi disse também que a análise que se faz é que o empresariado se mostrou cauteloso em fazer novas contratações, diante da crise financeira internacional.
A construção civil foi o setor que mais empregou, com crescimento de 19% na geração de empregos no acumulado do ano. O ministro lembrou que este setor deverá contar com mais linhas de crédito do governo, uma vez que existe no país déficit de moradias de mais de 10 de milhões de unidades.
Em outubro, no entanto, o setor teve redução na criação de empregos, na comparação com outubro de anos anteriores. Lupi atribuiu esse desempenho justamente a problemas com crédito.
Segundo ele, o governo não esperou que a situação se agravasse quando a crise se intensificou e começou, prontamente, a tomar medidas para irrigar o crédito, na tentativa de evitar prejuízos à economia. Para Lupi, outra medida que poderia facilitar a expansão da economia seria a redução da taxa básica de juros, a Selic.
Da Agência Brasil