Missionária Dorothy: Morte é esclarecida
A Polícia Federal acredita que esclareceu o assassinato da missionária Dorothy Stang, ocorrido em Anapu, no Pará, depois de prender os dois pistoleiros e o intermediário, além de localizar a arma utilizada no crime.
A polícia, agora, tenta localizar o fazendeiro Vitalmino Moura, o Bida, apontado como o mandante do assassinato. Ele está desaparecido.
Bida encomendou o assassinato porque a irmã liderava projeto do assentamento Esperança, envolvendo 220 famílias de agricultores, em área reivindicada por ele.
Os conflitos fundiários no Pará começaram na década de 70, quando o governo passou a incentivar a ocupação de terras devolutas, pertencentes à União, através de um Contrato de Alienação de Terras Públicas.
Disputa à bala
Com esse contrato, os fazendeiros e madeireiros passaram a promover os grandes desmatamentos.
Poucos dos projetos foram para a frente e os contratos começaram a perder efeito na década de 90, quando então o INCRA passou a usar essas terras na reforma agrária.
Nessas terras estão sendo desenvolvidos o PDS – Projeto de Desenvolvimento Sustentável, destinado a assentamentos que exploram a agricultura e o manejo sustentável.
Como os fazendeiros e madeireiros não conseguem provar a posse das terras, muitos arrumam títulos falsificados subornando funcionários dos cartórios da região.
A partir daí, alegando preservação de direitos, eles contratam seguranças, que na verdade são pistoleiros de aluguel.