Mobilização na Scania garante emprego e impede terceirização de 68 trabalhadores
Com muita união e mobilização em todas as áreas, o Sindicato conseguiu, apoiado pelos companheiros e companheiras na Scania, reverter uma decisão da direção da empresa de terceirizar todo o pessoal do restaurante e a equipe de bombeiros.
A notícia sobre manter os 68 trabalhadores veio como presente de Natal, fruto da intensa luta dos Metalúrgicos do ABC.
O coordenador do CSE na montadora, Francisco Souza dos Santos, o Maicon, contou que o anúncio de terceirização foi feito em setembro e que desde então não houve descanso até reverter a decisão e garantir os postos de trabalho diretos.
“Recebemos essa pauta de forma muito negativa, porque sabemos que no Brasil a terceirização é sinônimo de precarização, retirada de direitos e de salários baixos, e nós resistimos a tudo isso. Foi uma macro negociação iniciada em setembro junto com a data-base, um tempo longo de tensão, mas nos mantivemos firmes e mobilizados” contou.
Na semana passada veio a resposta positiva da empresa, após muita pressão da companheirada. “Fizemos assembleias em todas as áreas e todos se mostraram muito solidários, deixamos claro que se a decisão não fosse de manter o pessoal como trabalhador Scania, íamos fazer a luta. Isso, sem dúvida nenhuma, foi um fator fundamental para conseguirmos manter todos esses 68 trabalhadores”.
Com a decisão, as equipes do restaurante e dos bombeiros terão mantidos todos os benefícios do trabalhador Scania, PLR, convênio médico e vale- alimentação.
Maicon detalhou o momento de emoção, quando aqueles que estavam com seus empregos ameaçados receberam a notícia. “O pessoal ficou muito aliviado, agradecido e reconheceu o nosso trabalho. Foi uma grande vitória para todos nós. Nessas horas é importante lembrar a importância de ser sócio do Sindicato, porque só o Sindicato num momento como esse consegue unir os trabalhadores e fazer a discussão política. Imagine se eles iriam conseguir manter os empregos na livre negociação, como permite a reforma Trabalhista”, concluiu.