Mobilizações avançam para 15º dia contra demissões na Mercedes

Mobilizações avançam para 14º dia contra demissões na Mercedes
Cerca de 300 trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo, montaram acampamento na manhã desta segunda-feira, dia 8, contra as 500 demissões de companheiros em layoff (suspensão temporária de contrato de trabalho), anunciadas pela montadora em maio. 
O protesto acontece na Praça Trabalhadores e Trabalhadoras na Mercedes Benz do Brasil, na Avenida 31 de Março, com o Corredor ABD, na Vila Pauliceia, sem previsão para o término. 
“Hoje é o 14º dia de mobilizações e todos estão envolvidos na organização das ações”, declarou o coordenador geral do CSE na montadora, Ângelo Máximo Pinho, o Max. “Vamos juntos contra as demissões pelo tempo que for necessário”, prosseguiu.
No último dia 25, a montadora oficializou por meio de telegramas a demissão dos companheiros que estão em layoff  há um ano e deveriam retornar no próximo dia 15. Na semana passada, 7.500 trabalhadores ligados à produção entraram em férias coletivas com volta prevista para 16 de junho.
Segundo o dirigente, a classe trabalhadora sabe da difícil situação do setor, mas segue lutando por alternativas de manutenção dos empregos, como o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. 
“O PPE inverte a lógica atual, que beneficia o trabalhador quando ele já está desempregado. A proposta é para que seja mantido o emprego e o vínculo com a empresa, garantindo que ele se mantenha no posto de trabalho em momentos que a produção estiver em baixa”, afirmou Max.
“Com isso, se cria uma garantia do emprego e também o retorno da atividade normal, com o reestabelecimento do mercado”, concluiu o coordenador.
Os trabalhadores na Mercedes entraram em greve pela primeira vez por tempo indeterminado no dia 22 de abril, após a empresa ter feito o anúncio de demissão dos companheiros por meio de comunicado à imprensa. Após negociação com o Sindicato, a Mercedes cancelou as demissões anunciadas para o início de maio e a greve foi suspensa. 
Na época, o Sindicato encaminhou ofícios ao governo federal com pedido de urgência na adoção do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e de outras medidas de estímulo à economia.
Da Redação

Cerca de 300 trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo, montaram acam¬pamento na manhã de ontem, dia 8, contra as 500 demissões de companheiros em layoff (suspensão temporária de contrato de trabalho), anunciadas pela montadora em maio. 

O protesto é por tempo indeterminado e acontece na praça do cruzamento entre a Av. 31 de Março, Av. Lions e o Corredor ABD, na Pauliceia. 

“O acampamento é mais um ação para fortalecer a luta contra as demissões”, declarou o coordena¬dor geral do CSE na montadora, Ângelo Máximo Pinho, o Max. “Vamos juntos e mobilizados pelo tempo que for necessário”, prosseguiu. 

“Os trabalhadores estão firmes e comprome¬tidos com a luta até que a diretoria da montadora reveja a decisão e chame o Sindicato para negociar uma alternativa”, defendeu. 

No último dia 25, a montadora oficializou por meio de telegramas a demissão dos companhei-ros que estão em layoff há um ano e deveriam retornar ao trabalho no próximo dia 15. Na semana passada, 7.500 trabalhadores ligados à produção entraram em férias coletivas com volta prevista para 16 de junho. 

Os trabalhadores realizaram na semana passada atos em frente às concessionárias da montadora para deixar claro à sociedade e aos clientes da marca a forma desrespeitosa com que a empresa vem tratando os metalúrgicos do ABC. 

Segundo o dirigente, a classe trabalhadora sabe da difícil situação do setor, mas segue lutando por alternativas de manutenção dos empregos, como o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. 

“O PPE inverte a lógica atual, que beneficia o trabalhador quando ele já está desempregado. A proposta é para que seja mantido o emprego e o vínculo com a empresa, garantindo que ele se mantenha no posto de trabalho em momentos que a produção estiver em baixa”, afirmou Max. 

“Com isso, é criada uma garantia do emprego e também o retorno da atividade normal, com o reestabelecimento do mercado”, concluiu o coordenador. 

Os companheiros na Mercedes já haviam entra¬do em greve no dia 22 de abril, após a empresa ter anunciado a demissão dos trabalhadores por meio de comunicado à imprensa. Após nego-ciação com o Sindicato, a Mercedes cancelou as demissões anunciadas para o início de maio e a greve foi suspensa. 

Na época, o Sindicato encaminhou ofícios ao governo federal com pedido de urgência na adoção do PPE e de outras medidas de estímulo à economia.

 

A luta continua !

“Trabalho há 11 anos na montadora e estou junto na luta porque a preocupação com o emprego tem que ser de todo mundo. Se o layoff virar um instrumento só para a empresa fazer terror e demitir, não vai funcionar. O importante é fazer uma luta unida, independente de chuva ou de sol, em defesa dos nossos empregos. ” Adauto Gomes, caminhões pesados

“Estar em layoff mudou o meu cotidiano nesses meses e é uma situação difícil. Participei do acampamento anterior e vou ficar neste porque acredito na luta do Sindicato e dos trabalhadores. Tenho 12 anos na empresa e é desumana a maneira com que a Mercedes está nos tratando. Vamos com fé e a nossa luta não será em vão. ” João Absolon, eixo traseiro.

“Todo mundo tem as suas dívidas, tem família e depende do emprego. O Sindicato deu a oportunidade de os trabalhadores irem até o fim para reverter a situação e nós vamos até o fim. Até remarquei as minhas provas na faculdade de engenharia para estar aqui com o pessoal. Minha prioridade é a defesa do emprego. ” Juveny Guimarães Ribeiro, pré-montagem de cabina

“A empresa não teve critério nenhum para colocar o pessoal em layoff e é uma situação complicada de vivenciar. Quero construir o futuro e pagar o meu apartamento, mas não sei como vai ser o dia de amanhã. A empresa quer se aproveitar para fazer demissão em massa em cima do layoff e, por isso, a luta dos trabalhadores é tão necessária. ” Patrícia Custódio Carneiro, logística

 

Da Redação