Modelos do grupo VW são barrados por suspeita de trabalho escravo
Veículos do Grupo VW foram barrados em porto nos EUA por conter peça com suspeita de produção por trabalho escravo em região da China
Recentemente, certos modelos produzidos pelo Grupo VW foram retidos em portos dos Estados Unidos, mas não se sabia o motivo. Agora, descobriu-se que foi por conta de um componente eletrônico a bordo de vários Volkswagen, Porsche, Audi e Bentley, alegadamente vindo do oeste da China. A informação é do Financial Times.
A marca tinha motivos para acreditar que tal componente infrator era um problema, e avisou as autoridades ainda em janeiro, enquanto preparava uma peça substituta, que deve permitir a liberação dos modelos retidos. Enquanto isso, concessionários e clientes seguem na espera pelos veículos. Mas por que essa pequena peça (segundo a marca) gerou tamanha atitude? Uma lei — a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur, de 2021, — fiscaliza os produtos fabricados no oeste da China, especificamente na área de Xinjiang, que utiliza trabalho forçado.
Nos EUA, leis desencorajam a utilização de produtos produzidos sob regimes de trabalho forçado/escravo, não permitindo sua circulação no país. Contudo, ainda não se sabe se a peça alertada pelo Grupo VW foi realmente produzida em violação da Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur, ou mesmo em Xinjiang, mas que age apenas com base nas alegações. Assim, substituindo a peça e investigando sua verdadeira origem.
Segundo a VW, a peça é feita por um “subfornecedor”, ou seja, de alguma empresa que fornece a seus fornecedores. Ainda segundo o Financial Times, muitos modelos foram afetados pela “pequena peça, parte de uma unidade de controle maior, que será substituída”. A informação foi veiculada em uma carta enviada pela VW aos clientes afetados pelo problema. Por fim, considerando o alto número de modelos afetados, e o grande tempo de reparo, que pode chegar a algumas horas, estima-se que pelo menos um mês seja necessário para sanar o problema.
Do Notícias Automotivas