Monopólios marcam mídia no Brasil
No Brasil, nove famílias controlam as principais empresas e meios de comunicação do País. Enquanto elas falam o que querem e como querem, 175 milhões de pessoas escutam caladas.
As Organizações Globo são donas de 204 veículos de comunicação. São 89 televisões em VHF, oito tevês em UHF, 34 rádio AM, 53 rádios FM e 20 jornais. Não estão na lista a agência e a editora Globo. A empresa detém ainda 95% das tevês pagas.
Na sequência, vem o SBT com 180 veículos de comunicação, a Bandeirantes, com 128 e a Record, com 105 veículos. Na região Sul, a RBS concentra todos os principais jornais, rádios e emissoras de TV.
São também apenas cinco jornais de circulação nacional – Estadão, Folha de S. Paulo, O Globo, Correio Brasiliense e Jornal do Brasil – e quatro revistas, Veja, IstoÉ, Época e Carta Capital.
O monopólio é uma característica antiga do sistema de comunicação brasileiro. Esse controle sobre as informações que circulam no País é radicalmente contra a sociedade, já que a diversidade e o interesse da população não estão refletidos na mídia nacional.
Alternativa – A concentração despertou na sociedade a necessidade de exigir a democratização dos meios e cada vez mais entidades desenvolvem sua comunicação alternativa. Embora não seja nova, a imprensa sindical é uma delas, porém restrita a algumas categorias profissionais.
Uma experiência inovadora foi a união de diversos sindicatos que passaram a editar a Revista do Brasil, que imprime 360 mil exemplares mensais, e outras experiências assim se multiplicam, especialmente com rádios comunitárias.
O desafio é enfrentar o poder das grandes empresas, já que a informação é um bem público e a comunicação um direito.