Montadoras americanas: Crise é a chance de ampliar redes de trabalhadores
Os trabalhadores nas
montadoras de capital norte-americano devem ficar
atentos com a situação das
fábricas do setor nos Estados
Unidos.
O alerta é de
Rafael Marques, vice-presidente eleito
do Sindicato, para
quem a situação de
queda na produção
pode vir a repercutir
nas plantas da
América do Sul.
“Um dos efeitos
pode ser o aumento, por
parte das filiais daqui, da
emissão de remessas, o que
reduziria os investimentos na
região”, afirmou.
Rafael enxerga nesta
crise um ponto positivo,
pois pela primeira vez o sindicalismo
americano começa
a ver com mais interesse
as redes de relacionamentos
internacionais, assim
como já existem
nas montadoras
européias.
“No último
encontro da Fitim
(Federação Internacional
dos Trabalhadores
Metalúrgicos),
aqui no
Brasil, percebemos a mudança
de atitude dos companheiros.
É claro que estamos
dispostos a nos unir”,
comentou.
Aqui no ABC, a categoria
já foi beneficiada por essa
mobilização mundial, como
no caso das fábricas da Volks
e da Ford, que já estiveram
para serem fechadas em planos
de reestruturação.
Nos dois casos, a união
e a luta dos companheiros
possibilitaram uma negociação
direta com a direção
mundial das empresas e
salvaram as fábricas e os
empregos.
“Temos que continuar
com o trabalho a todo vapor
para manter os números de
produção elevados e não
deixar que os ventos da crise
norte-americana soprem aqui
também”, alertou Rafael.