Montadoras: Cláusulas sociais serão revistas até março
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) acertou ontem com a Anfavea o calendário das negociações que irão rever as cláusulas sociais do atual acordo coletivo. Serão dois encontros em fevereiro e outros três em março.
O atual acordo coletivo tem mais de 10 anos e, para o presidente da FEM, Adi dos Santos Lima, não acompanhou o desenvolvimento das relações de trabalho.
Outro ponto para a defasagem do acordo, aponta Adi, é que em campanhas salariais muitas vezes não há interesse das empresas em negociar, ao passo que os trabalhadores não conseguem juntar mobilização suficiente.
“Existe ainda o problema do prazo de negociação que é curto em época de data-base”, afirma.
Pauta
Nestas negociações, a FEM quer garantir subvenção de estudo, tempo para formação durante a jornada, contratação de pessoas com deficiência conforme a lei de cotas e implementar o acordo que obriga as empresas instalar sistema de proteção em prensas (as montadoras foram as únicas que não assinaram o acordo).
O lado patronal, por sua vez, quer alterar cláusulas relacionadas a pagamento de salário, intervalo de refeição, abono aposentadoria e aprendizes de Senai.
Os resultados dessas negociações serão apresentados à categoria na próxima campanha salarial.