Montadoras estrangeiras abrem raro espaço no Japão após crescente demanda por carros elétricos

No Japão, 90% dos cinco milhões de carros vendidos por ano pertencem a empresas como Toyota e Honda. O entendimento geral é de que as marcas domésticas atendem melhor às exigências do país. Menos quando se trata de carros elétricos, segundo pesquisa recente da Associação de Importadores de Automóveis do Japão e divulgada pela Reuters.

De acordo com o levantamento, os fabricantes locais ficam para trás no mercado de carros elétricos, o que abre (um raro) espaço para montadoras estrangeiras no país. No presente, os elétricos representam uma parcela pequena de carros zero km no Japão. Ainda assim, segundo informações da Associação de Importadores de Automóveis do Japão, o número de carros elétricos importados mais do que duplicou em 2021 em comparação ao ano anterior.

E a tendência é de que essa subida continue, uma vez que, num contexto de queda de vendas de carros no Japão — o recuo foi de 3,2% no ano passado —, a comercialização de modelos estrangeiros subiu 1,7%, puxada justamente pelo crescente (mas ainda discreto) interesse nos elétricos. Dos 8.610 carros elétricos vendidos no Japão, mais da metade são da Tesla, seguida de perto pela Volkswagen.

A montadora alemã, nesse sentido, planeja vender mais de uma dúzia desses modelos no país até 2024, incluindo SUVs esportivos da Audi e carros mais baratos da própria Volks. A Stellantis, dona da marca francesa Peugeot, também vai expandir sua linha no Japão, com dois novos modelos prontos para sair neste ano. Já a Hyundai afirmou que vai voltar a comercializar carros no país 12 anos após sair por conta de vendas ruins.

Do Olhar Digital