Montadoras mudam de ideia e pedem mudanças no imposto de importação de elétricos
As montadoras voltaram atrás e, enfim, vão pleitear que o governo antecipe em dois anos o aumento do imposto de importação para veículos elétricos. Antes, um contexto: com o aumento das importações, o governo federal acabou cedendo às pressões das montadoras e, assim, retomou o imposto de importação para o segmento, criando uma barreira tributária.
A medida passou a valer em janeiro deste ano, com um aumento escalonado que chegaria a uma alíquota de 35% até 2026. Acontece que volumes expressivos de veículos elétricos importados seguiram desembarcando no país apesar das travas, o que parece ter incomodado as montadoras com produção instalada no país.
Questionado pela reportagem de AB em junho, durante a coletiva de resultados da Anfavea, o presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, havia informado que ainda não era o momento de revisão dos termos. Os ventos da indústria, no entanto, começaram a soprar para outro lado, e parece que as montadoras decidiram que, sim, era a hora de pedir a tal revisão.
O próprio presidente da Anfavea, na quarta-feira, 25, durante o evento Seminário AutoData Revisões das Perspectivas 2024, afirmou que a associação já negocia mudanças nos prazos da retomada do imposto. As restrições a carros chineses têm gerado efeitos diretos no Brasil. Enquanto Estados Unidos e União Europeia impõem barreiras aos veículos eletrificados do país asiático, o mercado aqui recebe mais e mais automóveis e marcas de lá.
Do Automotive Business