Montadoras paralisam fábricas por falta de chips de silício

Você notou dificuldade em encontrar novas placas gráficas ou até consoles de jogos novos nos últimos dias? Esse frequente problema anda acontecendo pela falta de chips de silício e afeta principalmente as montadoras de carro. Um dos exemplos deste problema aconteceu em dezembro 2020, quando a Ford interrompeu a produção em Kentucky e, em janeiro deste ano, quando ordenou a pausa de uma fábrica na Alemanha.

Com as novas regras de saúde pública e momento delicado da economia mundial causado pela pandemia do coronavírus, as vendas de carro diminuíram em grande escala. Com a diminuição, os OEMs (fabricantes de produto original, em português) reduziram os pedidos de chips semicondutores, que são responsáveis por controlar praticamente tudo nos novos carros. A menor demanda fez os fabricantes de tecnologia também reduzirem a produção, ocasionando a falta de chips de silício.

Porém, com a diminuição de restrições da covid-19 e reaquecimento da economia, a demanda de novos veículos cresceu e as fabricantes de chips não conseguiram acompanhar a alta repentina, gerando problema para indústria automobilística e uma perda estimada de 61 milhões de dólares. Na Alemanha, a Audi precisou paralisar cerca de 10 mil funcionários por um problema com diferentes níveis de suprimento dos componentes necessários.

A empresa formada pela fusão Fiat Chrysler e Peugeot, Stellantis, reduziu a fabricação no México, EUA e Canadá. A fábrica da Subaru no Japão e a montadora da Toyota no Texas também foram afetadas. A fabricante de caminhões da Nissan no Mississippi reduziu o horário de funcionamento. A Mazda anunciou corte de 34 mil unidades na produção. E a GM deverá interromper a produção nas fábricas do Kansas, México, Canadá e Coreia do Sul.

Do Olhar Digital