‘Moro: Mais que Suspeito’: documentário expõe parcialidade do ex-juiz

Está disponível online o documentário de curta metragem ‘Moro: Mais que Suspeito’, lançado pelo Comitê Lula Livre.

A produção de 21 minutos traz, com base em provas, depoimentos de juristas, trechos de entrevistas e autos do processo de suspeição, as ações que provam a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução do processo que afastou Lula das eleições em 2018, primeiro colocado nas pesquisas, e levou à eleição de Bolsonaro.

O objetivo do curta-doc é conectar todas as evidências de forma que a suspeição do ex-juiz se torne ainda mais evidente e totalmente ausente de dúvidas.

A produção corrobora a parcialidade de Moro na condução dos processos da Lava Jato que, nas últimas semanas, ganhou contornos ainda mais questionáveis, como a decisão de se tornar sócio da Alvarez & Marsal, que tem entre seus clientes empresas que foram julgadas por ele na Lava Jato como a Odebrecht. A decisão foi classificada como “desastre político” até por então defensores do ex-juiz.

#AnulaSTF

O material organizado cronologicamente mostra a atuação do ex-juiz como articulador da acusação e julgador ao mesmo tempo. O trabalho da campanha #AnulaSTF reúne e explica pelo menos sete provas de que Sergio Moro agiu com parcialidade e que a equipe da Lava Jato tinha em Lula não um réu qualquer, mas um inimigo.

A primeira prova começa com a condução coercitiva a que Moro submeteu Lula em março de 2016. A segunda, o grampo executado e divulgado ilegalmente por Moro, de conversas entre Lula e Dilma Rousseff. Pela ação, Moro foi apenas advertido e pediu “escusas“. Isso depois de impedir que Lula compusesse o governo e trabalhasse pela contenção da crise política que levaria ao impeachment.

A terceira prova apresentada é a condenação de Lula, sem crime e sem provas, pelo caso do tríplex no Guarujá, em julho de 2017. O procurador Deltan Dallagnol mostrou temor pela falta de consistência da acusação, isso cinco dias antes da condenação, conforme revelou a Vaza Jato. A quarta prova ficou demonstrada pelo abuso de autoridade de Moro e dos juízes do TRF4, quando impediram a soltura de Lula determinada pelo magistrado Rogério Favreto. A quinta prova é adiamento de um depoimento de Lula em agosto de 2018, que o impediu de se manifestar publicamente em sua defesa, quando já estava há meses preso em Curitiba.

A sexta prova foi o vazamento da delação de Antonio Palocci seis dias antes do primeiro turno da eleição. A delação havia sido rejeitada pelo Ministério Público três meses antes, segundo lembra o filme, e foi anulada dois anos depois pelo STF. E, por fim, a sétima prova, a nomeação de Moro como ministro da Justiça de Bolsonaro. O próprio presidente agradece ao ex-juiz e o responsabiliza pela sua eleição.

O curta está disponível em diversas plataformas pela internet, entre elas o canal do Comitê Lula Livre no YouTube, Facebook do Comitê Lula Livre, do Instituto Lula, Grupo Prerrogativas, ABJD e diversas páginas parceiras.

Com informações da RBA e Comitê Lula Livre