Morte de trabalhador expõe despreparo da Polícia Militar
Foto: Andrea Iseki
Um erro da Polícia Militar do Estado de São Paulo vitimou o trabalhador na Autometal, em Diadema, José Erlanio Freires Alves, 36 anos, no último dia 13. Mais conhecido como Toni, o companheiro foi assassinado ao ser confundido com um suspeito quando saia para o trabalho na Avenida Sapopemba, altura do número 1.299, em Santo André.
“É difícil aceitar que alguém confundiu uma caixinha de óculos com uma arma, como contaram as testemunhas do crime. O policial atira para depois perguntar quem é a pessoa”, criticou o CSE na Autometal, Gilberto da Rocha, o Amendoim. “As filmagens mostram que Toni não tentou correr nem esboçou nenhuma reação. Ele estava indo trabalhar como fazia todos os dias”, prosseguiu.
Toni passava perto do local em que dois suspeitos abandonaram uma moto para se esconder de perseguição policial quando foi atingido por três tiros. O PM Eduardo Pontes de Lima foi preso em flagrante e levado ao presídio Romão Gomes. Um dos suspeitos foi morto e o outro fugiu.
“O policial não tinha motivo nenhum para atirar e é uma demonstração da forma irresponsável como tratam os cidadãos. Toni era um trabalhador extremamente tranquilo, super responsável, que sempre buscou fazer amizades e colaborar com o próximo, além de ser um pai de família exemplar”, disse Amendoim.
“Que a apuração seja rápida e detalhada e que a justiça seja feita”, concluiu o dirigente.
O companheiro trabalhava há oito anos como auxiliar de almoxarifado na Autometal.
Deixa esposa e quatro filhos de 14, 11, 8 e um bebê de um ano e dois meses. Ele também jogava no futebol de várzea e atuava na lateral do time União Vila Sá, em Santo André, desde 2006.
Da Redação.