Motor híbrido a etanol é só uma das opções da Toyota para o Brasil
Masahiro Inoue, presidente da empresa, afirma que toda a futura linha nacional será eletrificada
A Toyota foi a primeira montadora a apostar em um motor hibrido flex e que pode utilizar etanol. Lançou a tecnologia no Corolla, em 2019, e a replicou no SUV Corolla Cross, seu mais importante lançamento este ano. O próximo produto a ser fabricado localmente, em 2022, também utilizará a mesma solução, já antecipou a empresa.
Em entrevista, Masahiro Inoue, presidente da montadora na América do Sul e Caribe, assegurou que paulatinamente todos os veículos da marca produzidos no Brasil terão algum nível de eletrificação. A não ser que o mercado mude radicalmente, a Toyota tem como prazo e ritmo para a substituição dos motores exclusivamente a combustão por unidades eletrificadas o próprio ciclo de vida dos atuais modelos, estimado em torno de seis anos por Inoue.
Assim, o substituto ou a próxima geração do Yaris, lançado aqui em 2018 e já, portanto com meia-vida percorrida, necessariamente terá algum nível de eletrificação. Mais um modelo híbrido a etanol também? Não obrigatoriamente, afirma o presidente da Toyota. Embora acredite que hoje essa tecnologia é a melhor opção para automóveis brasileiros mais limpos e com custo produtivo assimilável pelo mercado regional, a montadora pode lançar mão de outra solução já disponível globalmente ou ainda em desenvolvimento.
Dentre elas estão, por exemplo, motores totalmente movidos a bateria, os veículos BEVs, ou os híbridos plug-in, os PHEV. Um carro como o Mirai, modelo elétrico movido a célula de combustível de hidrogênio, hipoteticamente não estaria descartado, caso atendesse a equação demanda e custos produtivos regionais. ” Mas veículos a célula de combustível e BEVs são mais viáveis hoje na Europa, China e Estados Unidos. Não uma solução para todo o mundo.”
Do AutoIndústria