Movimento cresce com greve amanhã em fábricas na base

Desde a última quinta­-feira, cerca de 120 empresas na base já negociam com o Sindicato a aplicação do reajuste de 8% – com a reposição da inflação de 6,35% e aumento real de 1,55% – retroativo a data­-base de 1º de setembro, para a Campanha Salarial 2014.

O presidente dos Metalúr­gicos do ABC, Rafael Mar­ques, alertou que as fábricas que não sinalizarem com o acordo até o final da tarde de hoje terão a produção inter­rompida.

“Nas empresas que seguirem a bancada patronal e man­tiveram a proposta de repor apenas a inflação também haverá mobilizações e greve”, destacou o dirigente.

“A Diretoria Plena apro­vou na semana passada por unanimidade esta decisão com o apoio da companhei­rada, que mantém a dispo­sição de luta”, prosseguiu Rafael.

Ele lembrou que o reajuste que tinha que sair durante as negociações com as bancadas patronais não aconteceu. Segundo o presidente do Sindicato, foi um período longo de conversas e várias reuniões sem uma proposta satisfatória.

“Portanto, se as empresas não quiserem paralisações, que podem se intensificar, devem confirmar até hoje à tarde a proposta de 8% reivin­dicada pelos Metalúrgicos do ABC”, avisou Rafael.

Até o momento, cerca de 40 empresas  já concordaram com o reajuste de 8% proposto pelo Sindicato. Portanto não terão suas operações interrompidas amanhã.

“O momento econômico está melhor e não dá para as conquistas do setor automo­tivo destes últimos dois anos serem esquecidas pelos pa­trões durante as negociações. Esta é uma dívida que o setor tem com a gente”, concluiu o presidente.

O que dizem os dirigentes…

“Temos uma grande responsabili­dade neste momento. O Brasil segue crescendo e gerando empregos. São nas campanhas salariais que aconte­cem grande parte deste movimento de distribuição de renda no País. E não podemos interromper este pro­cesso”.

Rafael Marques, presidente dos Metalúrgicos do ABC

“Vamos intensificar as mobilizações para que os resultados repercutam nas mesas de negociação. Se as bancadas patronais não nos apre­sentarem uma proposta decente, a nossa resposta será o silêncio das máquinas a partir de amanhã em toda a base”.

 Nelsi Rodrigues, o Morcegão, coordenador de São Bernardo

“Pagar só o INPC está distante do que a categoria anseia. Queremos também o aumento real de 1,55%. E a única forma de modificar o processo de negociação e acabar com a choradeira dos patrões é fazer mobilizações e greves”.

David Carvalho, coordenador da Regio­nal Diadema

“Toda ação unificada é importante porque mostra nossa capacidade de mobilização e nos dá forças para manter esta política vitoriosa dos últimos 12 anos. Tem muita margem para o salário dos trabalhadores con­tinuarem crescendo”.

Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, coordena­dor da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

Você sabia?

O INPC, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é medido pelo Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Ele é obtido a partir dos Índices de Preços ao Consumidor Regionais e tem como objetivo oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida da população. O índice é utilizado para negociação de reajustes salariais, inclusive dos metalúrgicos do ABC.

Aqui já tem acordo

São Bernardo

CARHEJ

TOLEDO

SOGEFI

KARMANN GHIA

PROXYON

KOSTAL

ARTEB

DULONG

PASCHOAL

BACKER

SMS

 

Diadema

AUTOMETAL

UNIFORJA

CONTINENTAL

BRASMECK

RESIL

MELLING

DELGA

METALTORK

ALL FASTENERS

GENERAL FIX

GENERAL TOOLS

MGE

ITAESBRA

LEGAS METAL

M A DE SIQUEIRA

LM DISPLAYS

CONIPOST

AFFINIA

POLISTAMPO

METALPART

 

Ribeirão Pires

MASAFLEX

PREDIAL

SCA

FMF

ATLAS

JC

SPARKS

 

Da Redação