´Movimento sindical deve se envolver em questões internacionais´
João Cayres. Foto: Paulo de Souza / SMABC
Esse é o momento dos sindicalistas brasileiros participarem mais ativamente de ações internacionais. A avaliação é do secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), João Cayres.
O dirigente, que também é membro do SUR na Ford, em São Bernardo, chegou a esta conclusão após participar de delegação da CUT que participou de atividades contra a postura antissindical da montadora Nissan, nos Estados Unidos.
Administradores da montadora japonesa na planta da cidade de Canton impedem os trabalhadores de se filiarem ao sindicato da categoria. “Os companheiros são perseguidos pelos patrões que, inclusive, ameaçam fechar a fábrica se houver sindicalização”, contou Cayres.
“Infelizmente isso não é incomum nos Estados Unidos e no restante do mundo, já que empresas de outros ramos de produção têm a mesma atitude hostil com relação aos trabalhadores”, protestou.
“Se essas fábricas fazem isso no país considerado como a democracia mais avançado do mundo, o que farão nos outros?”, questionou Cayres.
O dirigente lembrou também do discurso de Lula durante a conferência do sindicato nacional dos metalúrgicos norte-americanos (UAW), realizado durante a visita dos brasileiros.
“É preciso que os direitos dos trabalhadores também sejam globalizados”.
Da Redação