Movimentos sociais do ABC na luta contra a criminalização da mulher

Várias entidades sociais do Grande ABC, como sindicatos, ONGs, OAB, entre outras, promoverão nesta terça-feira (22), a partir das 18h, o painel “Saúde sexual e reprodutiva e a criminalização das mulheres”. A atividade acontece no Auditório do Consórcio Intermunicipal e será encerrada com um ato público de adesão das entidades presentes à Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto.

Essa frente foi formada devido à indignação causada pela perseguição e ameaça de prisão a mais de 1.500 mulheres do Mato Grosso do Sul em meados de 2008, que tiveram suas vidas devassadas por terem fichas numa clínica de planejamento familiar que também é acusada de praticar abortos.

Segundo um especialista em direito, nem durante a ditadura militar houve processos coletivos como se está procedendo no caso destas mulheres. Outra forma de perseguição são as denúncias de mulheres que recorrem ao aborto clandestino e inseguro quando estas precisam de atendimento médico nos hospitais. Algumas já foram presas.

Diante destes e outros fatos que caracterizam um retrocesso e uma ameaça à liberdade e a autonomia de decisão das mulheres sobre o próprio corpo, um desrespeito à saúde e à vida de mulheres que morrem pela impossibilidade de uma prática segura, o movimento de mulheres articulado nas Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro e outras organizações do movimento de mulheres e de outros movimentos sociais e políticos que criaram uma Frente Nacional.

No dia 05 de agosto aconteceu o ato público de adesão da CUT Nacional à Frente. Nós mulheres e homens do ABC também queremos e precisamos nos somar a esta Frente.

Os movimentos do ABC vão participar na Manifestação do Dia 28 de Setembro – Dia Latino Americano e Caribenho pela descriminalização do aborto que acontecerá na Praça da Sé, a partir das 15h.

Do Sindicato dos Químicos do ABC