Mulheres estudam mais que homens, segundo IBGE
Dados da Pnad mostram que elas estudam mais tempo em todas as faixas etárias
As mulheres brasileiras estudam mais do que os homens. A revelação é feita pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de 2009 confirmam a tendência mostrada em anos anteriores, mas a distância entre os sexos no quesito instrução aumentou.
Em 2008, os homens brasileiros com mais de 10 anos de idade declararam ter, em média, 6,9 anos de estudo. Número inferior ao ensino obrigatório brasileiro que, até 2009, era de nove anos e, até 2016, passará para 14 anos de estudo. As mulheres já superavam o patamar, estudando, em média, 7,2 anos ao longo da vida. Em 2009, a diferença de pontos percentuais aumentou de 0,3 para 0,4.
Segundo a PNAD, as mulheres brasileiras possuem 7,4 anos de estudo. A população adulta jovem é a que mais se sobressai. A população feminina com idade entre 20 e 24 anos estudou em média dez anos ao longo da vida. Já os homens na mesma faixa etária – a que declarou mais ter estudado – declararam média de 9,3 anos de estudo. A maior diferença está na região Nordeste em que as mulheres têm 6,4 anos de estudo e os homens, 5,6.
Mulheres X homens
A diferença de anos de estudo entre a população brasileira masculina e feminina (com mais de 10 anos de idade), por anos de estudo em cada faixa etária
PNAD 2009 / IBGE
Os dados mostram ainda que a maioria das mulheres brasileiras possui escolaridade superior a oito anos: 16,4% delas têm entre oito e dez anos de estudo e 34,9%, mais de 11 anos. Entre os homens, 31% declararam ter estudado por 11 anos ou mais e 16,6%, entre oito e dez anos.
A taxa de escolarização por grupo etário mostra que as mulheres frequentam mais a escola em todos os grupos analisados pelo IBGE, exceto entre as crianças de 4 ou 5 anos. Nessa faixa, 73,3% dos meninos estão matriculados em escolas, contra 72,3% das meninas.
Entre os 18 e 24 anos de idade, está a maior diferença. Trinta e dois por cento das mulheres brasileiras nessa faixa etária estudam. Entre os homens, a porcentagem cai para 28,9%. A contradição está entre a população analfabeta: as mulheres também são mais numerosas entre elas. Dos 14,5 milhões de analfabetos com mais de 10 anos de idade, 7.411.000 são mulheres.
Do IG