Mulheres no mercado de trabalho: avanços, desigualdades e caminhos para a igualdade
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A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho tem provocado transformações sociais significativas, impactando a economia nacional. Com 44,4 milhões de mulheres ocupadas, elas representam uma parcela fundamental tanto no mercado de trabalho quanto no consumo do país, sendo responsáveis por 52% das chefias de domicílio.
Porém, as desigualdades persistem. A taxa de desocupação das mulheres (7,7%) ainda é superior à dos homens (5,3%). Sua remuneração média mensal é mais baixa, com R$ 762 a menos em comparação aos homens (mais de R$ 9 mil em termos anuais). Mesmo em cargos de comando, a disparidade continua, com as mulheres recebendo, em média, R$ 3.328 a menos do que os homens mensalmente. Além disso, dedicam mais tempo às tarefas domésticas e ao trabalho de cuidados não remunerados.
Em nossa categoria, a participação das mulheres na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aumentou para 18,0% em 2024, com a criação de 1,1 mil empregos femininos, mas a equidade segue como desafio, já que a diferença salarial entre mulheres e homens ficou em 26,9%. As mulheres da base avançaram em qualificação, crescendo em 9,6 pontos percentuais a proporção de mulheres com ensino superior completo entre 2010 e 2023.
A redução das taxas de desemprego e a maior participação das mulheres refletem avanços e oportunidades no mercado de trabalho, mas as condições de permanência precisam ser mais favoráveis e justas. E, para avançar nessas lacunas, cabe utilizar os instrumentos das negociações coletivas e das políticas de igualdade de gênero.
Subseção do Dieese