Mulheres Trabalhadoras: sempre na luta
A luta das mulheres por melhores condições de trabalho nos remete ao século XIX, quando entram nas atividades industriais, com longas jornadas, em espaços insalubres e perigosos.
Desde lá podemos registrar muitos avanços dos movimentos de mulheres, a exemplo das leis de combate à violência doméstica e da presença feminina na política. No mundo do trabalho temos acordos sobre temas como amamentação, saúde da mulher, qualificação, creche e assédio sexual, além da redução de jornada e salários iguais para ambos os gêneros.
A participação de mulheres no mercado de trabalho salta de 46% em 2002 para 52% em 2021, mas a indústria ainda é um espaço de menor presença. Em nossa categoria, as mulheres ocupam 16,2% dos postos de trabalho, mas esse indicador varia de 10,5% nas montadoras a 18,6% nos demais setores. Dentre os jovens até 29 anos a presença feminina é maior: são 25% nas montadoras e 20% nos outros setores da base.
Uma questão importante continua sendo o diferencial salarial entre homens e mulheres, seja por uma barreira à equidade que permanece presente na sociedade brasileira, seja pelo fato de que as trabalhadoras muitas vezes são impedidas de progredir em suas trajetórias profissionais.
Os avanços existem, mas temos um longo caminho para que as mulheres ocupem seu merecido espaço no mundo do trabalho. E a recuperação da atividade industrial no Brasil precisa também considerar uma maior presença feminina em nossas fábricas.
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