Na Alemanha, IG Metall realiza 21º Congresso da Juventude Metalúrgica
Entre os dias 23 e 26 de março ocorreu 21º Congresso Nacional da Juventude Metalúrgica do sindicato alemão IG Metall, em Sprockhövel, no oeste da Alemanha. Ao todo, foram 233 delegados do IG Metall e convidados, que aprovaram 174 resoluções.
Os principais focos de debate foram o trabalho temporário, a ajuda financeira do estado para desempregados, a luta contra o racismo, a aposentadoria aos 67 anos, o salário mínimo e o BAföG (dinheiro emprestado do estado para estudantes), entre outros assuntos.
O destaque ficou para a prolongação da resolução “operação aquisição”, que propõe a contratação dos aprendizes na própria empresa onde eles se formaram. Algo similar ao Senai. Este é um projeto que já existe desde janeiro de 2009 e desde então já foram realizadas muitas lutas neste sentido.
Uma outra proposta é a de fortalecer a luta na área de indústria de manufatura. O objetivo é o fortalecimento e a nova fundação de representações da juventude e de aprendizes.
Outro ponto importante debatido durante o encontro foi a inclusão dos trabalhadores que foram contratados em programas dualistas, de trabalho e estudo, nos contratos coletivos. Também foi levantado um problema que atinge a vida dos trabalhadores, que é o equilíbrio entre trabalho, vida e família.
Os jovens metalúrgicos aprovaram uma resolução que trata sobre a cooperação internacional sindical contra a concorrência entre as localidades.
A juventude di IG Metall aprovou também o desenvolvimento de novas estratégias da luta salarial na formação. Por isso os metalúrgicos relatam que é necessário ter um pagamento negociado na contratação que defina o salário dos aprendizes em relação aos trabalhadores já formados.
Por fim, a juventude aprovou a resolução de instalar comissões de contratação coletiva para fortalecer os direitos dos jovens durante este processo.
O secretário-geral da juventude da IG Metall, Eric Leiderer disse que nos próximos quatro anos do mandato que se inicia vão ser conflituosos e que a juventude vai entrar nas empresas para agregar mais membros, para que fique mais forte e aumente os direitos dos trabalhadores jovens.
Da CNM/CUT (Valter Bittencourt e Lucas Martins)