Na área automotiva, Brasil é destaque na busca pela igualdade de gênero

Segundo estudo da Gi Group, é o país com maior número de montadoras trabalhando para eliminar as assimetrias

Em estudo global realizado em 11 países com 6,5 mil profissionais, a empresa Gi Group, 5ª maior de recrutamento e seleção da Europa, revela avanços da participação feminina no mundo automotivo, mas com muitos desafios ainda a serem vencidos. Um destaque positivo da pesquisa é que a maioria das empresas ouvidas (80%) informa ter programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) com foco nas mulheres, para incentivá-las a entrar no setor.

Mas, só a metade (50,3%) das empresas confirmou a existência de ações efetivas para garantir igualdade de remuneração e idênticas oportunidades para as mulheres. Nesse contexto, Brasil e China se destacam pelas respectivas posições de líder (96,4%) e vice-líder (93,5%) no ranking dos países com a maior proporção de companhias trabalhando em prol da eliminação da disparidade de gênero, revela Ana Britto, diretora da divisão de temporários e efetivos da Gi Group.

Na outra ponta, segundo a executiva, Japão (80,1%) e Polônia (78,6%) são os que apresentaram o menor número de empresas com ações para eliminar as assimetrias, reforçando o ambiente automotivo como um ambiente adverso para as profissionais do sexo feminino. Do total dos entrevistados, 40,8% afirmaram que oferecem trabalho flexível, licença maternidade e auxílio alimentício.

“No geral, o estudo mostra os desafios que o setor enfrenta para atrair força de trabalho altamente qualificada e que indústria precisa reformular as suas mensagens quando se trata de aquisição de talentos. Atrair mais profissionais femininas poderá trazer maior competividade, uma vez que elas podem ajudar as montadoras a atenderem melhor às necessidades e preferências desse importante segmento do mercado consumidor. Sem mulheres, não há futuro para o setor automotivo”, conclui a diretora da Gi Group.

Do AutoIndústria