Na Argentina, montadoras festejam recordes
Produção de veÃculos deve chegar a 650 mil unidades neste ano, 26% mais que em 2009; exportações (86% delas ao Brasil) chegarão a 470 mil
O setor automobilístico argentino está em festa. As montadoras instaladas no país esperam bater todos os recordes neste ano ao alcançar a marca de produção de 650 mil unidades. O volume equivale a 26% a mais do que em 2009 – ano afetado pela crise financeira mundial – e 6% superior à produção de 2008, ano que mantinha o recorde argentino até o momento, com 611 mil veículos produzidos.
Segundo estimativas da Associação de Fabricantes da Argentina e de economistas, as montadoras instaladas no país também registrariam um recorde sem precedentes de exportação de automóveis.
A perspectiva é que sejam enviados ao exterior 470 mil veículos, isto é, 45% mais do que em 2009 (ano em que foram exportados 323 mil automóveis) e 34% acima das vendas de 2008 (exportações de 352 mil).
Do total exportado neste ano, 86% foram enviados ao mercado brasileiro.
Menina dos olhos. O setor automotivo foi a “menina dos olhos” do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua mulher e sucessora, a presidente Cristina Kirchner. O casal não faltava nunca aos eventos do setor e até designaram ex-executivos das montadoras para postos em embaixadas e secretarias de governo.
Cristina Kirchner, que na segunda-feira voltou ao trabalho após o período de luto (Kirchner morreu na quarta-feira passada após um ataque cardíaco fulminante e foi enterrado na sexta-feira), fez ontem à noite a sua primeira participação em uma cerimônia pública desde a morte do marido.
O reaparecimento da presidente ocorreu na apresentação de um novo modelo da Renault – o Renault Fluence – na fábrica que a montadora francesa possui em Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina.
A superar
611 mil veículos é o recorde atual de produção da indústria automobilística
argentina, obtido em 2008
Da Agência Estado