Na Campus Party, metalúrgicos conhecem novidades da Indústria 4.0
Da esquerda para direita: Thiaguinho, Leo e Ale da Juventude. Fotos: Edu Guimarães
Os avanços tecnológicos que impulsionam a grande rede de comunicação, a internet das coisas e toda a automatização que visa substituir a mão de obra nas fábricas estão no foco da comitiva do Sindicato que participa da 11ª edição da Campus Party. O principal evento de internet e tecnologia do País segue até o próximo dia 4, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista.
Pela primeira vez na Feira, os Metalúrgicos do ABC buscam conhecer mais sobre esses temas importantes e também preocupantes para categoria. Na quarta-feira, 31, os representantes dos trabalhadores assistiram à palestra sobre os avanços da Indústria 4.0.
“A nossa participação se dá para conhecer as novas tendências e o que está sendo pensado e discutido visando a Indústria 4.0, tecnologia, inovação e plataforma de comunicação digital”, declarou o responsável por políticas industriais, Wellington Messias Damasceno, que foi quem sugeriu a participação do Sindicato na feira.
“Percebemos que há um incentivo muito forte voltado ao empreendedorismo e a consequente descaracterização do trabalho como conhecemos, o que nos preocupa. Na Feira, há muitos jovens dedicados a criar soluções para as empresas sem nenhum vínculo com elas e recebendo pouco para isso”, destacou.
O coordenador da Juventude e representante do SUR na Ford, Leonardo Farabotti, o Léo, fala em equilíbrio. “Para que a tecnologia crie realmente soluções, é preciso que haja parcerias e força política. Precisamos conseguir balancear essa questão dos avanços da tecnologia e avançar, mas também preservar empregos. Agora estamos mais preparados para o debate na fábrica”, afirmou.
“A automação pela inteligência chega a ser assustadora, tanto pelo lado positivo, quanto pelo negativo. É preciso começar a debater como podemos evoluir, mas diminuindo o impacto sobre os empregos. Também é preciso buscar experiências em outros países que estão mais à frente nesse assunto”, concluiu o CSE na Mercedes, Alessandro Guimarães da Costa.
Contato direto com o Instituto Linux
Durante a participação na Feira, a comitiva conversou com Jon “Maddog” Hall, presidente do Conselho do Linux Professional Institute. Hall se interessou pelo trabalho do Sindicato no debate para trazer empresas voltadas à tecnologia e de conhecimentos tecnológicos para a região.
O presidente contou que seu instituto está trabalhando em um projeto que tem como ideia central trazer ao Brasil tecnologia com o novo software livre. A ideia é que as empresas brasileiras, ao invés de pagarem por licenças de utilização de softwares para companhias americanas, paguem para as empresas locais que utilizarão a tecnologia produzida no País por meio de um programa customizado.
Segundo Hall, ainda este ano, o Linux fará um roteador wi-fi free, um servidor livre. E, já a partir de 2019, vai começar a produzir no centro tecnológico da USP a parte técnica desse hardware que será dividido em cerca de 150 pequenas fábricas.
O que é o Linux?
O Linux é um dos sistemas operacionais mais usados no mundo, ao lado do Windows e do OS X. O Linux Professional Institute é uma organização sem fins lucrativos que concede certificações profissionais de Linux para administradores de sistema e programadores em quase todos os países do mundo.
Da Redação.