Na CUT, presidente da Bolívia afirma que é possível derrotar os golpistas

Em visita à sede da CUT Nacional, na última terça-feira, 16, o presidente da Bolívia, Luis Arce, afirmou que é possível derrotar a direita golpista, promover o bem-estar social, diminuir a desigualdade econômica, taxar grandes fortunas, distribuir renda, e ainda unir os povos latino-americanos e caribenhos.

Foto: Roberto Parizotti

Arce foi recebido pelo presidente da Central, Sergio Nobre, numa cerimônia que contou com a presença do ex-ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da educação, Fernando Haddad, do vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), entre outras autoridades.

Sergio Nobre lembrou que a experiência boliviana contra o golpe de 2019, que exilou Evo Morales, é um aprendizado para o Brasil, que viu a Operação Lava Jato impedir o ex-presidente Lula de ser candidato à presidência da República, nas eleições de 2018.  

“As mesmas pessoas do sistema financeiro internacional que deram golpe aqui no Brasil, interessadas no petróleo do pré-sal, são as que deram o golpe na Bolívia, interessadas nas reservas de lítio”, disse.

Luis Arce relatou como os socialistas conseguiram derrotar a direita, apesar das perseguições, do apoio da mídia conservadora ao seu adversário, em nome de uma suposta constitucionalidade do golpe em curso, e da elite do país que reascendeu um discurso racista contra os povos indígenas, obrigando-os, muitas vezes, especialmente as mulheres, a evitar usar o traje tradicional de sua etnia.

Segundo ele, foi incentivando o povo a votar e esclarecendo que se não ganhassem no primeiro turno, a direita se uniria em torno de um candidato, colocando em risco a retomada da economia, e os investimentos em saúde e educação, além de fazer a opinião pública entender que a direita conspirou até o último dia, que a situação se reverteu a favor dos socialistas.

Com informações da CUT.