Na data-base, metalúrgicos conquistam acordo em mais duas bancadas patronais com aumento real

Negociação garante reajuste salarial de 6,4% mais renovação das cláusulas sociais

Foto: Adonis Guerra

Após a aprovação pela categoria do reajuste de 6,4% negociado com a bancada patronal do G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), em assembleia geral na última quinta-feira, 28, outros sindicatos patronais que negociam com a FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) começaram a oficializar as propostas.

Ontem, data-base da categoria, 1º de setembro, foi a vez dos grupos Sindratar (Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar) e G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) oficializarem suas propostas. O acordo garante reposição da inflação, além de aumento real nos salários.

O secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, destacou a relevância dos acordos, da mobilização em toda a base para pressionar os demais grupos a apresentarem propostas e de firmar os acordos dentro do prazo. 

“Essa é uma conquista importante porque, além da garantia do aumento real, temos acordos firmados dentro da nossa data-base. A mobilização dos trabalhadores e a organização dos sindicatos foram decisivas para avançar nas negociações”, afirmou.

Renovação das cláusulas sociais

Nos acordos do G8.3 e do G3 as cláusulas sociais foram renovadas até 2027, garantindo estabilidade de direitos por um período de dois anos. Já no Sindratar, a renovação é válida por um ano, até 2026.

Encaminhamentos

Conforme decisão em assembleia, os grupos patronais que não apresentarem proposta ou que não acompanharem o índice já acordado com os demais sindicatos receberão aviso de greve.

“A medida reforça a disposição de luta da categoria em defender seus direitos e garantir avanços salariais e sociais em todos os grupos. Seguimos firmes até que todos os metalúrgicos e metalúrgicas sejam contemplados”. 

Ao todo, a base da FEM/CUT reúne cerca de 240 mil metalúrgicos. No caso dos metalúrgicos do ABC, a campanha envolve 52 mil trabalhadores. Outros 21 mil são metalúrgicos em montadoras, que possuem negociações à parte, disse a entidade.