Na gangorra dos semicondutores, Europa é a que tem a produção mais afetada

Último balanço mostra que continente cortou dezenas de milhares de veículos das linhas de montagem na última semana

Depois da China, agora é a vez de a Europa sentir o maior baque na crise dos semicondutores. O mais recente levantamento da AutoForecast Solutions sobre o impacto da falta de chips na indústria automotiva mostra que, na última semana, as montadoras instaladas no continente foram as mais atingidas.

Segundo o relatório da consultoria internacional, pouco mais de 40 mil veículos foram limados dos planos de produção devido à escassez de semicondutores em todo o mundo. A grande maioria destes cortes ocorreu entre as fabricantes europeias: 73%, ou 29.300 unidades. O balanço da AutoForecast também aponta cortes na produção em fábricas na América do Norte, Ásia (exceto China), no Oriente Médio e na África.

Ao todo, até a primeira quinzena de maio, 1,2 milhão de veículos deixaram de ser feitos globalmente. Depois de muito tempo não foram relatados cortes nos planos de produção na China na última semana. As montadoras instaladas na América do Sul também não registraram perdas neste período, segundo a consultoria.

A AutoForecast diz que a produção de semicondutores aumenta globalmente, mas reconhece que a volta à normalização na produção de veículos depois de três anos de fornecimento irregular ainda vai demorar. A consultoria mantém as projeções de que 2,82 milhões de veículos deixarão de ser produzidos em todo o ano de 2023 por causa dos chips.

Do Automotive Business