Na ONU, Lula defende agenda ambiental

Em sua participação na Assembléia da ONU, o presidente alerta que se o modelo de desenvolvimento global não for repensado, crescem os riscos de uma catástrofe mundial e humana sem precedentes.

Lula quer nova conferência ambiental no Brasil

O presidente Lula abriu
ontem a Assembléia Geral
da Organização das Nações
Unidas (ONU) defendendo
ações urgentes para o combate
às mudanças do clima
e propôs a realização, em
2012, de uma nova conferência
das Nações Unidas
sobre meio ambiente e desenvolvimento.

Lula disse que é preciso
avaliar o caminho que já foi
percorrido desde a Eco 92
e estabelecer novas linhas
de atuação. “Se o modelo
de desenvolvimento global
não for repensado, crescem
os riscos de uma catástrofe
mundial e humana sem precedentes”,
afirmou.

Ele pediu mais empenho
dos países industrializados
na redução das emissões
dos gases que causam o efeito
estufa e provocam desequilíbrios
no clima, pedindo
metas mais ambiciosas.

Lula disse também que
o Brasil vai liderar uma ampla
cooperação mundial no
setor de biocombustível
pois ele, além de reduzir os efeitos negativos à camada
de ozônio, reduzindo a poluição,
representa uma alternativa
de desenvolvimento
econômico para os países
mais pobres, que não têm
petróleo e não têm o que
explorar.

“É plenamente possível
combinar biocombustíveis,
preservação ambiental e
produção de alimentos”,
afirmou.

Para Lula, as vantagens
do biocombustível são a
oportunidade de inclusão
para os países pobres e em
desenvolvimento, geração
de emprego e renda e favorecimento
da agricultura
familiar.

Ele anunciou o lançamento
do Plano Nacional
de Enfrentamento às Mudanças
Climáticas, no qual
um dos pontos centrais será
a ampliação do combate ao
desmatamento e proteção da
Amazônia.

“O Brasil não abre mão
de sua soberania e nem de
suas responsabilidades na
Amazônia”, concluiu.

Desmatamento cai
para menos da metade

A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva,
ressaltou na ONU que o
controle do desmatamento
é o principal desafio do
Brasil no esforço mundial
para conter as mudanças
de clima por causa do
aquecimento global.

Ela afirmou que no
Brasil os desmatamentos
caíram para menos da
metade, reconhecendo
a necessidade de mais
investimentos e apoio
de outros países para a
preservação das florestas.
“Nosso maior desafio é
deixar a floresta em pé”,
comentou Marina.