Na Santa Casa de São Bernardo, ministros celebram acordo entre Sindicato e Toyota para ampliações de atendimento à saúde

Hospital possui obras das futuras instalações do Centro de Hemodinâmica e ampliação da UTI, negociado pelos Metalúrgicos do ABC após o encerramento das atividades da montadora no município

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, acompanhou a visita da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, à Santa Casa de São Bernardo, na manhã da última sexta-feira, 13. O hospital é uma das entidades filantrópicas e sem fins lucrativos que receberá incremento financeiro do Ministério da Saúde para ampliação dos serviços do SUS na região. A Santa Casa terá capacidade para cirurgias de pequena, média e alta complexidade para atender o SUS e convênios particulares.

Além disso, a entidade possui obras das futuras instalações do Centro de Hemodinâmica e ampliação da UTI. O investimento foi solicitado pelos Metalúrgicos do ABC após o anúncio de encerramento das atividades da fábrica Toyota no município.

Moisés lembrou a maturidade do Sindicato naquele momento difícil que resultou em um ganho para a população mais necessitada. “Este Sindicato tem um grau de maturidade tão grande que conseguiu extrair de uma notícia triste algo bom. Discutimos com a direção da Toyota em São Bernardo, que foi a primeira fora do Japão, que eles teriam que deixar um legado para a região. Futuramente essas instalações que negociamos vão atender principalmente as pessoas mais pobres da cidade. É o papel de Sindicato cidadão contribuindo para transformar a realidade”.

A ministra da Saúde parabenizou a iniciativa dos Metalúrgicos do ABC. “Gostaria de parabenizar essa iniciativa, acredito que podemos avançar sempre nessas parcerias e tenho certeza que trará um imenso benefício para a população de São Bernardo. Contem com o Ministério da Saúde para que possamos avançar nessa agenda”.

Já o Ministro Luiz Marinho destacou o papel da área de saúde no processo de reindustrialização do Brasil. “Creio que estamos no caminho correto. Nosso desafio é não só debater a indústria da saúde, como olhar para a demanda gigantesca do SUS e discutir como ela pode ajudar na reindutrialização do país, para que possamos produzir aqui os equipamentos que, na esmagadora maioria, são importados. Esse é um desafio que o Brasil poderia ter iniciado na pandemia”. 

No solo sagrado

Durante a passagem pela cidade, a ministra da Saúde esteve no Sindicato para conhecer o berço do movimento sindical e das lutas operárias.

Na ocasião, Nísia Trindade e Luiz Marinho, que já presidiu a entidade, se reuniram com membros da direção executiva para um bate-papo sobre a indústria da saúde e os desafios do projeto da classe trabalhadora.