Não à flexibilização do isolamento social
Você já deve ter percebido que é impossível confiar no Governo Federal e nas informações que presta sobre a Covid-19. Há uma semana, mentiu sobre o número de mortos pela doença. Em um primeiro comunicado eram 1.382 mortes. Um segundo comunicado informava 525. E não para por aí.
Assim, é importante fazermos algumas considerações que poderão ser úteis no seu dia-a-dia de convivência nesse cenário de pandemia.
Saiba que a epidemia não atingiu, ainda, o pico no Brasil, mesmo que alguns poucos estados possam estar próximos de alcançá-lo. O pico epidêmico é o ponto mais alto na curva de infecção e significa que o número de novos casos tende a se estabilizar ou diminuir. Estamos longe desse momento e, dependendo das medidas adotadas, poderemos estar nos afastando ainda mais de atingir esse pico.
A situação se agrava na medida em que a doença avança, reflexo do desrespeito ao isolamento social, para o interior dos estados, afetando populações mais pobres e/ou desprotegidas.
Outro fator que devemos considerar é a Rt, taxa de reprodução de um vírus. Essa taxa indica quantas pessoas em média são infectadas por alguém já contaminado pelo vírus e se a doença está acelerando ou desacelerando. O ideal é manter essa taxa abaixo de 1,0. Em alguns estados temos taxas que variam entre 2,8 e 3,1.
Não é o momento de flexibilizar as medidas de isolamento social. Isso só nos distancia do pico, compromete mais o sistema de saúde e pode nos colocar em primeiro lugar no ranking mundial de mortes por Covid-19.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente