“Não podemos defender o que foi feito pelo Hamas, tão pouco a atitude de Israel”

Atual conflito no Oriente Médio completa hoje 151 dias e soma mais de 30 mil mortos, dentre 25 mil mulheres e crianças palestinas

“Não podemos defender o que foi feito pelo Hamas, tão pouco a atitude de Israel. São mais de 30 mil mortos, dentre esses, 25 mil mulheres e crianças palestinas. É, de fato, um genocídio”, declarou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges. “Os Metalúrgicos do ABC se solidarizam a todos que sofrem pelo conflito, lembram que uma solução entre Faixa de Gaza e Israel é urgente e só terá avanço com a criação de um Estado palestino”.

“Não podemos defender o que foi feito pelo Hamas, tão pouco a atitude de Israel. São mais de 30 mil mortos, dentre esses, 25 mil mulheres e crianças palestinas. É, de fato, um genocídio”, declarou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges. “Os Metalúrgicos do ABC se solidarizam a todos que sofrem pelo conflito, lembram que uma solução entre Faixa de Gaza e Israel é urgente e só terá avanço com a criação de um Estado palestino”.

A atual guerra no Oriente Médio completa hoje 151 dias desde a invasão do Hamas a Israel em 7 de outubro passado, com um ataque que matou 1.200 pessoas e resultou no sequestro de outras 253. O ato provocou uma grande ofensiva no território controlado pelo grupo terrorista por israelenses.

“Com certeza, o povo de Israel e os judeus, que foram vítimas da maior barbárie da humanidade, não devem apoiar este tipo de ação”, disse Moisés. “A partir do momento que você ataca e mata mulheres e crianças é, de fato, um genocídio em curso. O governo de Israel é de extrema direita e isso não é coincidência, a extrema-direita gosta da morte”.

Outro grande problema é a fome que, segundo alerta da ONU (Organização das Nações Unidas), é “quase inevitável” para 2,2 milhões de habitantes do pequeno território, submetidos a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo.

Caminhões humanitários continuam entrando na Faixa de Gaza, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que o fornecimento de ajuda “continua a enfrentar dificuldades quase insuperáveis”, já que a região enfrenta intensos bombardeios, restrições de movimentação, interrupção das comunicações e falta de combustível.

Trégua?
Países mediadores prosseguem esta semana com negociações para alcançar uma trégua em Faixa de Gaza entre Israel e Hamas, depois que “avanços significativos” foram registrados no último domingo, dia 3. Egito, Catar e Estados Unidos atuam como mediadores há várias semanas para alcançar uma trégua na guerra que começou há quase cinco meses.

O acordo permitiria a libertação de reféns mantidos em Faixa de Gaza em troca da liberação de prisioneiros palestinos detidos em Israel antes do Ramadã, que começa em 10 ou 11 de março.

Na ONU
Com um veto dos EUA em outubro, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar a resolução do Brasil que propunha que uma pausa humanitária fosse estabelecida em Faixa de Gaza para socorrer milhares de civis.

Para ser aprovada, uma resolução no Conselho precisa de pelo menos nove votos dos 15 membros do órgão. Mas não pode contar com nenhum veto. Apenas cinco países têm esse direito de vetar um texto: EUA, China, Rússia, Reino Unido e França.

Ao final de um longo processo de negociação, o texto brasileiro somou 12 votos de apoio: Brasil, França, Malta, Japão, Gana, Gabão, Suíça, Moçambique, Equador, China, Albânia, e Emirados Árabes. E duas abstenções: Reino Unido e Rússia.

Cronologia

O conflito já dura décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na Palestina, sob mandato britânico. A proposta foi aceita pelos líderes judeus, mas rejeitada pelo lado árabe e nunca foi implementada. Saiba mais:

1948 – Milhares de refugiados palestinos se estabelecem na Faixa de Gaza em meio à guerra que se seguiu à declaração de independência de Israel. Território é controlado pelo Egito.

1967 – Israel ocupa Faixa de Gaza e outros territórios árabes na Guerra dos Seis Dias

1973 – Países árabes lançam ataque contra Israel na Guerra do Yom Kippur. Faixa de Gaza segue sob ocupação isralense

1993 – Acordos de Oslo estabelecem compromisso em criar um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, mas o plano não é cumprido

2005 – Israel anuncia retirada de colonos judeus e soldados da Faixa de Gaza

2007 – Grupo extremista islâmico Hamas expulsa rivais do Fatah e passa a governar a Faixa de Gaza. Israel impõe bloqueio por terra, ar e água contra o território

2008, 2012 e 2014 – Conflitos recorrentes na Faixa de Gaza envolvendo bombardeios israelenses e disparos de foguetes pelo Hamas deixam milhares de mortos

2018 – Moradores da Faixa de Gaza fazem série de protestos perto da fronteira com Israel, na chamada Marcha do Retorno. Atiradores israelenses matam centenas de manifestantes

2021 – Novo conflito entre Israel e o Hamas deixa centenas de mortos na Faixa de Gaza

2023 – Hamas rompe bloqueio e lança ataque surpresa por terra, água e ar contra Israel, que reage com bombardeios e declaração de guerra