Não tem proposta É GREVE!

Assembleia com milhares de metalúrgicos, que ontem lotaram outra vez a rua do Sindicato, decidiu por unanimidade pela greve em razão da falta de proposta decente dos patrões dos Grupos 2, 3, 8 e Fundição. Só não param as fábricas que se comprometerem com uma proposta nos mesmos moldes do acordo fechado com as montadoras.

Por falta de proposta dos patrões, os metalúrgicos da CUT iniciam hoje greve em busca de um acordo semelhante ao assinado com as montadoras.

A luta é em todos os setores, exceto nas próprias montadoras.

Na assembleia de ontem, os trabalhadores decidiram ir em busca dos 4,4% de reposição da inflação, 2% de aumento real e abono equivalente a 30% do salário médio de cada setor. Como o abono significa 2,07%, a soma dele com a reposição e o aumento real alcança 8,7%.

“A palavra de ordem é cruzar os braços até que as empresas assumam compromisso com essa proposta”, avisou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato.

Acordo coletivo A partir da manifestação positiva das empresas, o Sindicato vai pressionar os grupos patronais para assinarem um acordo coletivo nessas condições, para que ele seja estendido a todos os trabalhadores do grupo.

“Não vamos fazer acordo por empresa, pois ele desestrutura o salário e elimina o sentido de coletividade da categoria”, afirmou Sérgio Nobre.

Durante a assembleia, ele lembrou que o Sindicato foi procurado por várias empresas, durante a semana, já interessadas em assumir o comromisso.

“Vamos usar essa situa-ção para buscar um acordo coletivo com os grupos patronais”, adiantou.

Durante a última semana, mais de 20 mil metalúrgicos realizaram diferentes tipos de manifestação em diversas fábricas da base para pressionar os patrões por um acordo decente.


Pela manhã, manifestação reuniu trabalhadores na Magnetti e Conexel