Negociação coletiva e os direitos das mulheres
As mulheres têm uma longa trajetória de luta pela conquista da igualdade salarial, além da inclusão de cláusulas sociais que atendam às suas demandas específicas e criem oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho e participação ativa nos espaços públicos.
Apesar de representarem a maioria da população e terem uma média de escolaridade superior à média dos homens, a situação das mulheres no mercado de trabalho continua a ser afetada pelas diversas formas discriminação que as atingem, traduzidas em baixos salários, trabalhos precários, discriminação nos processos seletivos de contratação, tratamento desigual para cargos de chefia e ascensão profissional. A prática do assédio moral e sexual tem nas mulheres o maior número de vítimas.
A Negociação Coletiva pode e deve desempenhar um papel importante na aplicação ou complementação da legislação voltada à promoção da igualdade de gênero. Para isso, é importante que os sindicatos incorporem na sua luta geral, o combate à discriminação contra as mulheres e que promovam políticas de empoderamento das mulheres nos seus espaços de decisão ocupando cargos de direção e participando das mesas de negociação para que os acordos e convenções contemplem também as pautas específicas das mulheres.
Os Metalúrgicos do ABC sempre foram sensíveis às reivindicações das mulheres, e, com o protagonismo delas têm lutado pela igualdade salarial e ampliação de cláusulas sociais. No entanto, sabemos que ainda há muito a fazer e queremos aprimorar nossas ações e a nossa luta para construímos uma sociedade cada vez mais inclusiva e igualitária.