Negociações com G.10 não evoluem

Representantes patronais não aceitam negociar as questões mais importantes que os metalúrgicos reivindicam.

 

Impasse prossegue no G.10
Terminaram sem acordo as negociações entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT e representantes do G.10 (lâmpadas, material bélico, estamparia entre outros).
Os patrões não querem conversar sobre as principais reivindicações da categoria, como a antecipação da data-base de novembro para setembro e a garantia de estabilidade no

emprego para companheiros com sequela de acidente no trabalho e doença profissional.
“Estes direitos já foram conquistados junto às outras bancadas. Só nesse grupo temos de depender da Justiça para mantê-los”, protestou David Carvalho, coordenador da Regional

Diadema, que acompanha as negociações. “Isto acontece desde 2002. Já está passando da hora de fecharmos um acordo a esse respeito”, afirmou.
As conversas também não prosseguiram com relação à reposição da inflação mais 2% de aumento real.
Avanços ameaçados
Como as negociações chegaram a um impasse, os avanços sociais discutidos com o G.10 estão comprometidos. Entre eles, estão um dia a mais por ano para dirigentes frequentarem

cursos e a possibilidade ao trabalhador atrasar até duas vezes por semana, desde que a soma desses atrasos não ultrapasse 30 minutos.
As fábricas do G.10 também poderão selecionar estudantes que frequentem escolas particulares de ensino profissionalizantes, desde que tenham convênio com as empresas. Hoje isso

é possível apenas para quem cursa o SENAI. Outros são a “Promoção ao 1º emprego”, na qual a empresa assume o compromisso de dar oportunidade para jovens de 18 a 24 anos, e a

divulgação de informações ao trabalhador recém-contratado.
“Temos que ficar ligados. Acreditamos num acordo como fizemos com os demais grupos, mas não vamos permitir qualquer retrocesso”, disse Davi.

David disse que patrões do G 10 não aceitam avanços que metalúrgicos conquistaram nos outros grupos