“Negociações vão melhorar após Dia de Mobilização”, afirma Sérgio Nobre
O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, durante ato no MASP
Delegação dos metalúrgicos do ABC engrossou a passeata com mais de cinco mil pessoas que foi da Praça da República ao vão livre do MASP, em São Paulo, marcando o Dia Nacional de Mobilização, na última sexta-feira, na capital paulista.
O ato convocado pela CUT, demais centrais sindicais e movimento estudantil cobrou do governo federal e do Congresso Nacional a rejeição do projeto de lei (PL) 4.330, que precariza ainda mais o trabalho, a diminuição da jornada sem redução de salário, fim do fator previdenciário, democratização dos meios de comunicação e reforma política, entre outras reivindicações.
As manifestações aconteceram em todo o País, com protestos na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, entre outros Estados.
Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, já é tradição dos metalúrgicos do ABC combinar negociação com mobilização.
Envolvimento
“Nós temos uma pauta importante com o governo, mas ela não vai avançar se os trabalhadores não fizerem como fez nossa categoria e não se envolverem, não demonstrarem que querem conquistar seus direitos”, disse.
“O Dia Nacional de Mobilização é simbólico por duas razões. Primeiro porque tenho a certeza que o tom das negociações será outro depois das manifestações em todo o País e, em segundo lugar, porque aproveitamos para comemorar os 30 anos de fundação da CUT”, completou Sérgio Nobre.
O PL 4.330 trará a degradação final das relações de trabalho no País
De acordo com o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, é possível que o PL 4.330 entre em votação hoje no Congresso Nacional. Para ele, se este projeto for aprovado, “será a degradação final das relações de trabalho no Brasil”. Adi aposta que a manutenção da luta pelos metalúrgicos do ABC
será fundamental para a rejeição da matéria, pois a categoria construiu sua história nas ruas e o Dia Nacional de Mobilização, por exemplo, fez parte de um calendário de manifestações.
Denúncias
“Estamos incluindo na nossa luta aqui em São Paulo mais transparência por parte do governo do Estado, pois existem denúncias de desvio do dinheiro público e queremos apurar”, afirmou Adi.
“Se isto aconteceu, este dinheiro poderia ser investido em educação, saúde, moradia”, disse o dirigente. “É por isso que estamos nas ruas e vamos continuar assim”, concluiu Adi.
Da Redação