Negros ainda têm dificuldade para crescer profissionalmente no país
Os negros ainda sofrem discriminação para conseguir cargos executivos. Apesar de o mercado de trabalho estar mais aberto à população negra, as possibilidades de crescimento profissional ainda são escassas. Em sua maioria, as vagas ocupadas por negros são as menos valorizadas, como aquelas no trabalho doméstico e na construção civil.
Segundo Eunice Léa de Moraes, representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a abertura do mercado aos negros já é um grande avanço, mas a muito a percorrer. “Os salários e postos ainda são inferiores, por isso as políticas afirmativas, não só na área da educação, mas também na área do trabalho, são importantíssimas”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Ela lembra que, embora muitos negros se formem nas mesmas universidade que os brancos, o acesso ao emprego ainda é desigual. “Com a lei de cotas vemos negros saindo das universidades, se formando. Somo formados iguais, então temos que ter o mesmo salário.”
Segundo levantamento feito em 2011 pelo Dieese e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a inserção de negros no mercado de trabalho ocorre em maior escala em postos com menores exigências de qualificação profissional e salários mais baixos.
A representante do governo federal explica que para combater o racismo no país é preciso haver uma mudança de mentalidade na população.
Ela destaca as ações do governo para minimizar as desigualdades raciais. “Conseguimos colocar no nosso Plano Plurianual (PPA) um programa temático chamado Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial. A palavra racismo nunca tinha aparecido no plano”.
A reportagem da rádio lembra que neste mês, em que se comemora a consciência negra, a CUT lança uma série de atividades que visam promover o debate sobre preconceito contra negros no mercado de trabalho.
Da Rede Brasil Atual