Nesta quinta (15): X Cúpula Social do Mercosul termina com marcha e presidente Lula
Manifestação organizada pela CUT e por outros representantes dos movimentos sociais defenderá uma nova política nacional para os migrantes
A X Cúpula Social do Mercosul, em Foz do Iguaçu, no Paraná, encerrará o ciclo de debates nesta quinta-feira (15) respeitando o tema desse ano: a integração dos povos.
A partir das 14 horas, representantes de todos os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – e de outras nações da América do Sul que não compõem o bloco participarão da 5ª edição da Marcha dos Imigrantes. A caminhada organizada pela CUT, pelo Centro de Apoio ao Migrante e pelo Grito dos Excluídos seguirá até a Ponte da Amizade, fronteira entre os territórios brasileiros e paraguaios.
Antes, porém, acontece no Parque Tecnológico de Itaipu, sede do evento, a plenária dos movimentos sociais, quando os temas discutidos definidas desde a terça-feira (14) serão transformados em estratégias de luta.
No período da tarde é a vez do painel “Diálogo Social e Integração Regional”, com participação da Central Única dos Trabalhadores.
O final da Cúpula está marcado para o início da noite com o encontro da Cúpula Presidencial do Mercosul, atividade paralela também realizada na mesma cidade e que reúne os chefes de Estado da região. Além deles, são aguardas as presenças do presidente Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita, Dilma Rousseff.
Por que marchar – De acordo com Paulo Illes, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante, a caminhada deseja dar visibilidade à situação dos migrantes. “Vamos reivindicar o direito ao voto dos migrantes de todos os países do Mercosul presentes no Brasil, uma política migratória humanizada, em que o organismo público responsável pelo cadastro dos migrantes não seja a Polícia Federal, porque imigração não é uma questão de segurança e vamos cobrar, sobretudo, um conselho de políticas migratórias de integração dos povos da Unasul”, disse.
Para ele, é necessário cobrar a aprovação por parte do Congresso Nacional do O decreto do presidente Lula número, quando – que aprova a Política Nacional de Imigração e Proteção ao Trabalhador Migrante, capaz de definir importantes avanços como a imediata garantia de documentos aos migrantes autorizados a residir no Brasil. “Isso é o que os movimentos sociais desejam até porque esse decreto não institui uma lei, mas uma política de migração cujo objeto é tratar essas pessoas como trabalhadores detentores de direitos humanos e não como estrangeiros”, afirma.
Da CUT Nacional