Nissan planeja aumentar capacidade de produção na China em 30%

Montadora é a única das três principais do Japão que vende mais veículos na China do que nos EUA

A Nissan Motor planeja aumentar a capacidade de produção na China em cerca de 30% e enviar equipes de desenvolvimento de veículos do Japão, mantendo o foco em um mercado em crescimento, mesmo com o afastamento da montadora da busca por escala sob o ex-chefe Carlos Ghosn. A montadora japonesa quer que todos os novos carros que ela lance na China sejam elétricos, em linha com o apoio de Pequim aos veículos de baixa emissão.

Como seus últimos resultados trimestrais devem mostrar na sexta-feira, a Nissan tem pouca escolha a não ser dobrar sua aposta na China, em um momento de declínio no crescimento nos mercados americano e japonês. Com Pequim planejando eliminar gradualmente as vendas de veículos convencionais a gasolina até 2035, os veículos elétricos e híbridos são essenciais para a estratégia de crescimento da Nissan no país.

O aumento contínuo da capacidade da Nissan na China também foi relatado na reunião do conselho. Uma nova base de produção será aberta até o final do ano na cidade de Changzhou, perto de Xangai, seguida por outra em 2021 em Wuhan. Essas fábricas aumentarão a capacidade chinesa em 30%, para cerca de 2 milhões de automóveis, incluindo o novo veículo elétrico Ariya.

A Nissan é a única das três principais montadoras do Japão que vende mais veículos na China do que nos Estados Unidos. No ano fiscal passado, 1,4 milhão de Nissans foram vendidos na China, superando as vendas americanas, de 1,23 milhão.

Do Valor Econômico