Nível de ocupação bate recorde no primeiro trimestre
O nível de ocupação, que considera o percentual da População em Idade Ativa (PIA) que está empregada, atingiu 53,2% no primeiro trimestre de 2011, novo recorde para os três primeiros meses do ano desde o início da série histórica, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2002. O recorde anterior era de 52,6%, no primeiro trimestre do ano passado.
O resultado reflete o comportamento da taxa de desocupação, que ficou em 6,3% na média do primeiro trimestre, contra o recorde anterior de 7,4% na média dos três primeiros meses do ano passado. Em março, a taxa de desocupação ficou em 6,5%, a menor para um mês de março em toda a série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
“Entendo que a gente fechou o primeiro trimestre com a taxa média de desocupação inferior ao que fechou no ano passado. Em 2010, a média foi de 6,7%, englobando o mês de dezembro, que puxa a taxa para baixo”, frisou o gerente da PME, Cimar Azeredo.
A redução da desocupação no primeiro trimestre não significou rendimentos menores para os trabalhadores. O rendimento médio real entre janeiro e março foi de R$ 1.554,01, o maior da série histórica para primeiros trimestres e 4,3% acima dos R$ 1.490,35 dos três primeiros meses do ano passado. Em março, o rendimento médio real ficou em R$ 1.557,00, o maior para um mês de março em toda a série.
Os dados do mês passado também mostraram a continuidade da formalização nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. O emprego com carteira no setor privado atingiu 48,2% do total de 22,279 milhões de pessoas ocupadas, recorde para qualquer mês da série histórica. Em março, os empregados com carteira assinada no setor privado somaram 10,739 milhões, uma alta de 0,7% em relação a fevereiro – considerada estabilidade pelo IBGE – e um crescimento expressivo de 7,4% frente a março do ano passado.
“O mercado não só formaliza, como está pagando mais. O que se viu no rendimento em março foi um primeiro aumento no poder de compra da população”, ressaltou Azeredo.
Do Valor Econômico