No ABC, desemprego cai pela metade em 10 anos e renda sobe

O desemprego na Região caiu pela metade nos últimos 10 anos, ficando em 10,3% em 2012 contra 20,3% em 2003. O índice é o segundo melhor da última década, atrás apenas do total verificado em 2011 (9,9%), ano atípico para a base de comparação, já que o nível de ocupação no mercado de trabalho teve um grande crescimento em função de medidas de incentivo à economia feitas pelo governo.

Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) realizada pela Fundação Seade/Dieese e divulgada pelo Consórcio Intermunicipal, nesta quarta-feira (30/01). De acordo com o levantamento, o desemprego ficou praticamente estável em 2012. O total de trabalhadores desempregados somou 142 mil pessoas no ano passado.

Os 142 mil desempregados representaram um aumento de sete mil em relação a 2011. Já o número de ocupados aumentou em duas mil pessoas, de acordo com a pesquisa, totalizando 1,2 milhão de ocupados no ABCD.  

As políticas econômicas e o crescimento do consumo no País em alguns setores são alguns pontos destacados pelos especialistas para explicar a queda na última década e a estabilidade no ano passado, apesar da crise na Europa e nos Estados Unidos.

 

Carteira assinada
 Em função das maiores oportunidades no mercado de trabalho, o emprego formal, com carteira assinada, também cresceu 50% nos últimos 10 anos na Região.

“A maioria, confiante nas políticas novas (anunciadas em 2011), fez uma série de contratações, atípicas e bem elevadas. Em 2012, os setores sofreram ajustes para adequar a quantidade de trabalhadores necessária para os ramos de atividade. Por isso, o ano de 2011 é atípico para a base de comparação, que tem uma alta taxa na queda do desemprego. Já em 2012 há dados de quedas expressivas, mas não significativas, e que não apontam crise”, explicou o  coordenador da PED, Alexandre Loloian.

Para Loloian, os dados revelam que nos últimos 10 anos, a Região apresentou um salto em todas as bases de comparação. Inclusive o número de pessoas com carteira assinada cresceu 50% neste período. Só no mercado formal foram 12 mil empregos a menos em relação ao ano anterior. Apesar disso, a Região contabilizou 676 mil empregos com carteira assinada. “Isso demonstra que a Região oferece a metade dos empregos com qualidade e benefícios. O que houve também foi uma diversificação no ramo de atuação. Apesar de a indústria ter um peso forte,  elevaram-se também os empregos no setor de serviços. Aliás, muitos deles são prestados para as próprias indústrias.”

Pela primeira vez na história no ABCD, em 2012 o setor de serviços empregou  51% do total de ocupados, 49 mil pessoas a mais do em que 2011. A indústria ficou com 26%; comércio, 16% e construção civil com 5%.

 

Rendimento
 A renda média do trabalhador da Região cresceu 9,9% no ano passado em relação a 2011, passou de R$ 1,692 para R$ 1,860 , de acordo com a pesquisa. O índice é o melhor dos últimos 10 anos. 

 

Do ABC Maior