No dia do meio ambiente, não há nada há comemorar
O aquecimento global provocado pelas nações desenvolvidas acarretam mudanças climáticas que causam catástrofes em todo o mundo
Nesta sexta-feira (5), comemora-se o Dia Internacional do meio ambiente, mas não há nada para festejar. Os países ricos e em desenvolvimento são os grandes responsáveis pelas mudanças climáticas do planeta e os prejudicados são as populações dos países pobres.
“A mudança climática é o maior desafio para a humanidade, pois causa sofrimento para centenas de milhões de pessoas no mundo todo”, disse o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, que é presidente do Fórum Humanitário Global.
De acordo com a entidade, a mudança climática mata cerca de 315 mil pessoas por ano, de fome, de doenças ou de desastres naturais. O Fórum estima que a mudança climática afeta 325 milhões de pessoas por ano.
Kofi Annan afirmou que, atualmente, cerca de 500 milhões de pessoas vivem em condições extremamente vulneráveis, em países africanos e no Sul da Ásia. “Elas moram em nações pobres, propensos a secas, inundações, tempestades, elevação do nível do mar e desertificação”, comentou.
Esperança em Copenhague
Diante desse quadro, ele espera que a conferência climática que a ONU vai realizar em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca, aprove um tratado mais justo e eficaz que o atual, que é o Protocolo de Kyoto.
O ex-secretário geral da ONU comentou que os países ricos precisam aumentar os recursos para as adaptações às mudanças climáticas.
Hoje, segundo ele, a ajuda dos países ricos para ajudar os pobres e vulneráveis a se adaptar à mudança climática não chega nem a 1% doque é necessário.
As verbas internacionais destinadas a isso alcançam 784 milhões de reais por ano, enquanto o custo estimado da mudança climática fica em 63 bilhões de reais.
“Ou a conferência em Copenhague altera essa injustiça, ou a alternativa será o aumento da fome, a migração em massa e as doenças”, conclui.
Da Redação