No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Comissão dos Metalúrgicos do ABC denúncia retrocessos no governo Bolsonaro
O dia 3 de dezembro foi instituído como o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência em 1992, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de promover os direitos e a conscientização sobre a situação das pessoas com deficiência (PCDs).
No entanto para o coordenador da Comissão dos Metalúrgicos do ABC com Deficiência, Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo, em 2020 no Brasil a data tem como objetivo denunciar as medidas segregadoras promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
“Não temos muito o que comemorar, pois a cada dia são retirados mais direitos das pessoas com deficiência. Até 2015, estávamos em um processo de lutas e conquistas, em nível internacional e nacional, para o exercício pleno dos direitos das pessoas com deficiência. Agora essas conquistas estão sendo saqueadas e temos que lutar contra o retrocesso”, afirmou o coordenador.
Cabelo também comentou sobre a suspensão, realizada na última terça-feira (1º), do decreto do Ministério da Educação que estabelece novas regras para a educação de alunos com deficiência, a chamada “educação especial”.
“Temos que estar alertas com esse tipo de segregação implementada por esse desgoverno. Nós somos contra esse tipo de separação que enfraquece a inclusão dos estudantes no convívio com crianças sem deficiência e muitas vezes o que acontece é a regressão e não há avanços deste jovem, não é à toa que houve a suspensão do STF”, enfatizou.
O decreto prevê, entre outros pontos, a criação de turmas e escolas especializadas, que atendam apenas estudantes com deficiência.
“A comissão dos Metalúrgicos do ABC reitera sua luta pela igualdade e inclusão onde as PCDs tenham garantido os direitos e sua existência na sociedade. Vamos continuar resistindo aos retrocessos e lutando por um mundo com inclusão”, finalizou o coordenador.