No pós pandemia Sindicato defende ações voltadas à eletromobilidade
Na nota técnica, o diretor executivo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, destaca os desafios da eletromobilidade na região e aponta que o Brasil deve desenvolver ações neste segmento.
Os Metalúrgicos do ABC construíram nota técnica, publicada pelo Conjuscs (Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da Universidade Municipal de São Caetano), que aponta a importância de ações voltadas à eletromobilidade no país. O documento destaca que países europeus e a China já possuem ações nesse sentido, enquanto o Brasil segue sem nenhum apontar o futuro para o setor.
Na nota técnica, o diretor executivo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, destaca os desafios da eletromobilidade na região e aponta que o Brasil deve desenvolver ações neste segmento.
“Existe uma tendência mundial de discutir a produção de veículos híbridos e elétricos, mas no Brasil, por falta de uma política estratégica, ficamos na dependência da produção excedente no mundo vir pra cá. Isso é muito perigoso, já que somos o 8º produtor mundial de veículos”.
O dirigente destaca ainda que no Brasil há um grande mercado consumidor e capacidade de exportação, mas é preciso maior incentivo à inovação e ao desenvolvimento.
“Sem incentivo à inovação e ao desenvolvimento, podemos perder a oportunidade de disputar a produção global desses veículos. Se ousarmos agora, podemos produzir para o mercado local, que ainda é bem incipiente, mas também começar a exportar. Por outro lado, corremos o risco de, no futuro, vermos diminuindo o volume de produção de motor à combustão e perdermos a oportunidade de ter uma transição dos modelos e a reconversão da cadeia de fornecedores locais”, frisou .
Wellington explicou que a proposta não é deixar de produzir um modelo para produzir outro, mas que é preciso começar a dar passos no sentido de começar a ter nacionalização dos veículos elétricos. As etapas a cumprir seriam as seguintes:
• Capacitar trabalhadores para produção e manutenção dos veículos elétricos;
• Articulação regional para ações voltadas a eletromobilidade, como disponibilidade de infraestrutura e incentivo as frotas de ônibus, táxi e corporativas, com veículos híbridos e elétricos;
• Produção dos componentes dessa nova indústria, como os eletropostos, e autopeças;
• Cobrar regulamentação federal, estimulando a produção desses veículos e seus componentes e, colocando metas para a eletrificação dos veículos;
• Batalhar para produzir aqui os veículos elétricos, já que o país dispõe de estrutura para isso.
“Se não fizermos isso, correremos o risco de perder nossa indústria automotiva no futuro ou aumentar a lacuna entre nossa tecnologia e a dos países centrais”, finalizou.