“Nossa vingança vai ser mais educação, mais salário, mais emprego, mais cultura”

Há 5 anos, em 31 de agosto de 2016, se consumava o golpe parlamentar contra a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Foto: Adonis Guerra

Ontem, por ocasião da data, foi lançado no Sindicato o livro “Brasil: 5 Anos de Golpe e Destruição”, organizado por Sandra Brandão, editado pela Fundação Perseu Abramo. O evento contou com a presença de diversas lideranças de partidos políticos progressistas, movimentos sociais e sindicatos, além de ex-ministros, deputados e senadores.

O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, abriu a atividade lembrando que o golpe foi também contra a classe trabalhadora. “Cinco anos do golpe contra o seu governo, Dilma. Golpe contra o Brasil, contra a classe trabalhadora, contra os pobres. Um golpe, estou certo, que começou a ser gestado bem antes, no mesmo dia em que 54 milhões de brasileiros disseram não ao passado e ao retrocesso e reelegeram a primeira mulher presidenta do Brasil”. 

Foto: Adonis Guerra

Dilma destacou como a atitude promovida por aquele Congresso atingiu todo o país ao tirá-la do poder e lembrou que, naquela ocasião, houve uma sistemática negação de que se vivia um golpe.

“O golpe não foi cometido apenas contra mim ou contra meu partido, isso foi apenas o começo. Perceber que o golpe é um processo é fundamental. O golpe foi contra os movimentos sociais e sindicais e todos aqueles que defendem a democracia. Por isso eu disse que iria atingir indistintamente qualquer organização política progressista e democrática”.

Mais e melhor

Foto: Adonis Guerra

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que tudo foi arquitetado com base em mentiras. “Não tem como discutir de forma racional o jeito irracional como foi dado o golpe. Tudo foi construído com base em uma mentira, e 2016 foi apenas o momento em que culminou como se fosse o tiro fatal”.

Ao falar sobre os que tiraram Dilma do cargo máximo da Nação e logo em seguida iniciaram uma sequência de retiradas de diretos contra a classe trabalhadora, Lula reforçou que a vingança será outra.

“A nossa vingança vai ser mais educação, mais salário, mais emprego, mais cultura, vai ser mais oportunidades, mais bolsa de estudo. Essa vai ser a nossa vingança, a nossa vingança é provar, olha nós aqui outra vez para fazer mais e melhor”.