“Nosso movimento é em defesa do emprego, da produção e do Brasil”, diz Sérgio Nobre
Os Metalúrgicos do ABC também participaram do ato unificado ontem pela manhã em São Paulo, que reuniu mais de cinco mil trabalhadores pelo Dia Nacional de Luta pelo Emprego e por Direitos, organizado pela CUT e demais centrais sindicais.
Os trabalhadores reafirmaram o pedido de revogação das medidas provisórias (MPs) 664 e 665 anunciadas pelo governo federal, em dezembro passado, que dificultam o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte e abono salarial.
Com concentração no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, o movimento seguiu em passeata pelo Ministério da Fazenda e com encerramento em frente ao edifício da Petrobras, também na avenida.
“Por que a gente cresceu nos últimos anos? Porque a gente resolveu incluir quem estava excluído, gerar renda, gerar emprego, investir na produção. Foi este o caminho”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre (destaque).
“Se o mundo não vai crescer este ano, a gente tem que apostar e incentivar o nosso mercado interno, tem que preservar o emprego. Por isso o Programa de Proteção ao Emprego é vital neste momento e tem que sair do papel”, defendeu o dirigente.
Ele ainda declarou que os companheiros também foram às ruas nesta quarta (28) pela renovação da frota de caminhões e ampliação da liberação de crédito.
“Construir e garantir avanços não é fácil, mas para destruir os direitos basta uma medida errada. O nosso movimento não é contra ninguém, é em defesa do emprego, da produção e do Brasil”, concluiu o secretário-geral.
Na próxima terça, dia 3, a CUT e demais centrais voltarão a se reunir no escritório da Presidência da República em São Paulo com os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência; Carlos Gabas, da Previdência; Manoel Dias, do Trabalho e Emprego; e Nelson Barbosa, do Planejamento; para discutir alterações nas medidas.
Eles já tiveram um primeiro encontro no último dia 19, no mesmo local. Na ocasião, todos os ministros negaram a revogação das medidas, mas admitiram a mudança de alguns pontos sobre acesso aos benefícios.
Da Redação