Nova bateria de lítio pode diminuir pela metade preço de carros elétricos
Baterias representam praticamente metade do preço dos veículos, mas nova pesquisa sabe como mudar isso
Um dos grandes desafios da indústria de carros elétricos são as baterias. Os dispositivos precisam ser eficientes e duradouros — e, quando são, acabam ficando caros, o que torna os eletrificados mais salgados do que suas versões a combustão. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, têm uma solução que melhora a eficiência da bateria ao mesmo tempo que a torna mais barata.
O segredo está em um novo cátodo de baixo custo em estado sólido, que promete revolucionar não só o setor de carros elétricos, mas outras baterias de armazenamento em larga escala no geral. A pesquisa da Georgia Tech promete um avanço nesse sentido através de um cátodo de baixo custo desenvolvido pela própria equipe. O objetivo é melhorar o desempenho das baterias de íons de lítio por um preço mais barato.
Como lembrou o TechXplore, o cátodo é uma célula eletroquímica que afeta o desempenho, energia, eficiência e vida útil de uma bateria. No caso da pesquisa atual, o material usado é o cloreto de ferro, que custa cerca de 1 a 2% dos componentes usados normalmente para a mesma finalidade. As baterias de íons de lítio têm capacidade para mais energia em pacotes menores. O problema está no preço: ela usa metais considerados semipreciosos, como cobalto e níquel, o que encarece o produto final (como os carros elétricos).
A indústria já está se mobilizando para encontrar alternativas. Até agora, quatro novos cátodos sólidos foram comercializados com sucesso, com a invenção da equipe de Geórgia sendo o quinto. Segundo os pesquisadores, a composição da bateria tem um custo de 30% a 40% das baterias de íons de lítio atuais. Ou seja, menos da metade. O dispositivo da equipe ainda está passando por refinamentos em laboratório, mas não deve demorar tanto tempo para chegar ao mercado. Para Hailong Chen, líder do estudo, a tecnologia pode estar a menos de cinco anos de viabilidade comercial para aplicação em carros elétricos.
Do Olhar Digital