Nova política de importação de carros elétricos favorece veículos a combustão

ABVE afirma que medida vai na contramão da tendência global de mobilidade sustentável

Retrocesso. Após a decisão que restabeleceu a cobrança do imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in no Brasil a partir de janeiro de 2024, entidades como a ABVE, que incentiva o uso e desenvolvimento de veículos de energia limpa no país, se manifestaram contra a medida, considerada prematura.

Segundo o comunicado publicado pela ABVE, a nova política de Imposto de Importação para veículos leves híbridos e elétricos, anunciada na última sexta-feira (10) pelo Gecex/Camex, frustrou todos aqueles que, como a ABVE, apostam no transporte limpo, renovável e sustentável no Brasil.

A conclusão é de que a medida favorece os veículos movidos a combustão no curto prazo, e no médio prazo projeta insegurança para as empresas que planejam investir na mobilidade sustentável, seja na produção de veículos ou na criação de infraestrutura, mesmo para aquelas que já anunciaram a produção local, como GWM e BYD.

Outro ponto criticado foram as cotas de isenção de importação de veículos elétricos e híbridos anunciadas pelo governo, consideradas insignificantes, diante do tamanho potencial do mercado de eletrificados no país. Por fim, a ABVE não é contra uma política de incentivo à produção nacional de veículos elétricos, mas sustenta que a medida anunciada se mostra prematura, pois o segmento ainda representa uma parcela pequena das vendas.

Do InsideEVs