Nova traição aos trabalhadores

Os trabalhadores na Makita, em São Bernardo, remontaram na noite de terça-feira o acampamento que mantinham no estacionamento da fábrica.

A decisão foi tomada depois que a indústria de ferramentas elétricas se recusou a cumprir o acordo fechado no último sábado com os companheiros.

“Mais uma vez a Makita traiu os trabalhadores e só confirmou seu comportamento de total descaso com a categoria”, protestou a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos e trabalhadora na fábrica, Rosi Dias Machado. Ela garantiu que, desta vez, o pessoal não vai desmontar o acampamento até que a empresa cumpra a palavra empenhada. “A luta já recomeçou e vamos até o final”, garantiu Rosi.


Trabalhadores armaram novo acampamento em frente à fábrica

Indenização
A campanha dos companheiros e companheiras na Makita começou dia 4 de setembro, quando a empresa, subitamente, anunciou o fechamento da planta de São Bernardo e a demissão de todos os 285 trabalhadores e trabalhadoras.

Imediatamente, o pessoal montou um acampamento no estacionamento da fábrica e ficou lá por 16 dias, quando conseguiu da empresa a promessa de que receberia um pacote de benefícios, além dos direitos.

Palavra não cumprida
O pacote, aprovado sábado, em plenária na Sede, estabelecia indenização conforme o tempo de casa, tempo adicional de convênio médico e abertura de negociação para os casos de trabalhadores com restrição médica, em vias de aposentadoria, companheiras grávidas, entre outros casos.