“Novo PAC destrava economia para país voltar a crescer”

Foto: Ricardo Stuckert

Os Metalúrgicos do ABC acompanharam junto ao governo federal o lançamento do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na última sexta-feira, dia 11, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados, os principais objetivos do programa são gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais e acelerar o crescimento econômico. 

Participaram o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, e o secretário-geral, Claudionor Vieira. “O PAC é importante porque destrava a economia que precisa voltar a crescer e se desenvolver em várias áreas, como educação, saneamento, construção civil, o programa Minha Casa, Minha Vida, agricultura familiar, dentre outros”, destacou Claudionor.

O dirigente lembrou ainda que ações do programa estão comprometidas com a transição ecológica, crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental. Dos recursos, R$ 371 bilhões virão do Orçamento Geral da União e R$ 612 bilhões do setor privado. Empresas estatais vão aportar R$ 343 bilhões e mais R$ 362 bilhões virão de financiamentos.

Foto: Ricardo Stuckert

A previsão é que R$ 1,4 trilhão sejam aplicados até 2026 e o restante após essa data. Segundo Claudionor, ministros, governadores e prefeitos terão a responsabilidade de apresentar projetos e demandas prioritárias para serem colocadas em prática.

“Por exemplo, construir conjuntos habitacionais antecipa outras demandas. Com a casa, as pessoas vão precisar de móveis, eletrodomésticos. A construção civil vai gerar mais empregos e, assim, a economia começa a girar em vários setores”, disse.

Mandato

Durante apresentação, o presidente Lula afirmou que o PAC representa o começo de seu terceiro mandato. “A partir de agora, os ministros vão ter que cumprir o que está aqui e trabalhar muito para que a gente possa executar o PAC”, explicou. “Não vamos admitir mais que o sonho de uma nova escola, de um novo hospital, de um novo equipamento público e de uma nova estrada se torne o pesadelo de uma obra inacabada jogada às moscas”.

Lula também destacou que todos os governadores deram suas opiniões sobre as obras prioritárias para cada estado. “Foram os primeiros a dar pitaco no PAC”, disse ao lembrar que a construção do PAC contou com a participação decisiva do setor privado.

Uma nova etapa do programa será lançada em setembro com publicação de editais que somam R$ 136 bilhões para a seleção de outros projetos prioritários de estados e municípios e vão incluir ações para urbanização, abastecimento de água, esgotamento sanitário, unidades básicas de saúde, policlínicas e maternidades, creches, cultura, esportes, dentre outras ações.

Edições

A primeira edição do PAC foi anunciada pelo presidente Lula em janeiro de 2007 para superar gargalos de infraestrutura do país. O programa previu investimentos de R$ 503,9 bilhões em ações de infraestrutura nas áreas de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos, entre 2007 e 2010.

O PAC 2 foi anunciado em 2011, pela então presidenta Dilma Rousseff, com investimentos previstos em R$ 708 bilhões em ações de infraestrutura social e urbana.

O TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que, no final do governo anterior, 2022, o país tinha mais de 8,6 mil obras paralisadas, o que representa cerca de 38,5% dos contratos pagos com recursos da União.